Frases de Escritores Brasileiros

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Oh Deus, que faço desta felicidade ao meu redor que é eterna, eterna, eterna, e que passará daqui a um instante porque o corpo só nos ensina a ser mortal?

Clarice Lispector
A maçã no escuro. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Estou tão assustada que só poderei aceitar que me perdi se imaginar que alguém me está dando a mão

Clarice Lispector
A paixão segundo G.H. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Não se pode andar nu nem de corpo nem de espírito.

Clarice Lispector
Água viva. Rio de Janeiro: Editora Rocco, 1998.

O que obviamente não presta sempre me interessou muito.

Clarice Lispector
A legião estrangeira. Rio de Janeiro: Editora do Autor, 1964.

Minha consciência é inconsciente de si mesma, por isso eu me obedeço cegamente.

Clarice Lispector

Nota: Adaptação de trecho do livro Água viva.

Desculpem eu ser eu. Quero ficar só! grita a alma do tímido que só se liberta na solidão. Contraditoriamente quer o quente aconchego das pessoas.

Clarice Lispector
A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

Nota: Trecho da crônica Vergonha de viver.

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A poesia dos poetas que sofreram é doce, terna. E a dos outros, dos que de nada foram privados, é ardente, sofredora e rebelde.

Clarice Lispector
Perto do coração selvagem. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Eu sou uma atriz para mim. Eu finjo que sou uma determinada pessoa mas na realidade não sou nada.

Clarice Lispector
Um sopro de vida. Rio de Janeiro: Rocco, 2015.

E como nasci? Por um quase. Podia ser outra. Podia ter nascido homem. Felizmente nasci mulher. E vaidosa. Prefiro que saia um bom retrato meu no jornal do que os elogios. Tenho várias caras. Uma é quase bonita, outra é quase feia. Sou um o quê? Um quase tudo.

Clarice Lispector
Visões do esplendor (impressões leves). Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1975.

Nota: Trecho da crônica Quase.

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A gente tem o direito de deixar o barco correr! As coisas se arranjam, não é preciso empurrar com tanta força.

Clarice Lispector
Montero, Teresa (org.). Correspondências. Rio de Janeiro: Rocco, 2002.

Nota: Trecho de carta para Elisa Lispector e Tania Kaufmann, escrita em março de 1956.

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Toda vida é uma missão secreta.

Clarice Lispector
A paixão segundo G. H. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Sou cada pedaço infernal de mim.

Clarice Lispector
A paixão segundo G. H. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Tenho um pouco de medo: medo ainda de me entregar pois o próximo instante é o desconhecido.

Clarice Lispector
Água viva. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Oh chega de decepções, estou tão machucada, me doem a nuca, a boca, os tornozelos, fui chicoteada nos rins.

Clarice Lispector
Um sopro de vida. Rio de Janeiro: Rocco, 2015.

Que é que eu faço, é de noite e eu estou viva. Estar viva está me matando aos poucos, e eu estou toda alerta no escuro.

Clarice Lispector
Uma aprendizagem ou O livro dos prazeres. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Escrevo por não ter nada a fazer no mundo: sobrei e não há lugar para mim na terra dos homens. Escrevo porque sou um desesperado e estou cansado, não suporto mais a rotina de me ser e se não fosse sempre a novidade que é escrever, eu me morreria simbolicamente todos os dias.

Clarice Lispector
A hora da estrela. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Pensar é um ato. Sentir é um fato.

Clarice Lispector
A hora da estrela. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Eu escrevo sem esperança de que o que eu escrevo altere qualquer coisa. Não altera em nada... Porque no fundo a gente não está querendo alterar as coisas. A gente está querendo desabrochar de um modo ou de outro...

Clarice Lispector

Nota: Trecho de entrevista com Júlio Lerner para a TV Cultura, em 1977.

E quero a desarticulação, só assim sou eu no mundo. Só assim me sinto bem.

Clarice Lispector
Água viva. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

No fundo ela não passara de uma caixinha de música meio desafinada.

Clarice Lispector
A hora da estrela. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.