Frases de Escritores Brasileiros
A vastidão parecia acalmá-la, o silêncio regulava sua respiração. Ela adormecia dentro de si.
Eu mal entrei em mim e assustada já quero sair. Eu descubro que estou além da voracidade. Sou um ímpeto partido no meio.
Porque é cruel demais saber que a vida é única e que não temos como garantia senão a fé em trevas – porque é cruel demais, então respondo com a pureza de uma alegria indomável. Recuso-me a ficar triste.
Estou sofrendo de amor feliz. Só aparentemente é que isso é contraditório. Quando se sente amor, tem-se uma funda ansiedade. É como se eu risse e chorasse ao mesmo tempo. Sem falar no medo que essa felicidade não dure.
E quando a festa [Carnaval] ia se aproximando, como explicar a agitação íntima que me tomava? Como se enfim o mundo se abrisse de botão que era em grande rosa escarlate.
Se sou um escritor há muito tempo, só posso dizer quanto mais se escreve mais difícil é escrever.
Sou imatura bastante para não suportar bem um prazer frustrado.
Grossura é pureza? Uma coisa sei: amor, por mais violento, é.
Tantos querem a projeção. Sem saber como esta limita a vida.
Assim, repito, quando tivermos feito tudo para conseguir um amor, e falhado, resta-nos um só caminho... o de nada mais fazer.
Eu sou sim. Eu sou não. Aguardo com paciência a harmonia dos contrários. Serei um eu, o que significa também vós.
A mulherice só lhe nasceria tarde porque até no capim vagabundo há desejo de sol.
– No seu entender, qual o papel do escritor brasileiro hoje?
– De falar o menos possível.
Sou terrivelmente, essencialmente mortal.
As pessoas eram tão ridículas!, tinha ela vontade de chorar de alegria e de vergonha de viver.
Os suicidas muitas vezes se matam porque têm medo de morrer. Não suportam a tensão crescente da vida e da espera do pior – e se matam para se verem livres da ameaça.
Parece que esperança não tem olhos (...), é guiada pelas antenas.
Pedro Bala se deitou na areia e mesmo de olhos fechados via Dora. Sentiu quando ela chegou e deitou a seu lado. Disse:
– Tu agora é minha noiva. Um dia a gente se casa.
Continuou de olhos fechados. Ela disse baixinho:
– Tu é meu noivo.
Mesmo não sabendo que era amor, sentiam que era bom.
São todos Nordestinos.
Djavan e Jorge Amado baiano
Don Helder Câmara e Lampião
Câmara Cascudo e Graciliano
Conselheiro e Padre Cíço Romão
Patativa e o nosso eterno Ariano
Zé Ramalho e Luiz Rei do Baião
O escritor baiano Jorge Amado disse um dia numa palestra que o escritor pare um livro, quanto o termina de escrever.
Naquele dia achei essa ideia um pouco estranha. Hoje, porém, tenho de admitir que concordo com ele.
Eu hoje pari um livro!