Frases de Escritores Brasileiros

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Para que explicar? Nada desejo explicar. Explicar é limitar. É impossível limitar Gabriela, dissecar sua alma.

Jorge Amado
Gabriela, cravo e canela. São Paulo: Companhia das Letras, 2008.

Agora sabe que ela brilhará para ele entre mil estrelas no céu sem igual da cidade negra.

Jorge Amado
Capitães da areia. São Paulo: Companhia das Letras, 2008.

Que culpa eles têm? (...) Quem cuida deles? Quem os ensina? Quem os ajuda? Que carinho eles têm? (...) Roubam para comer porque todos estes ricos que têm para botar fora, para dar para as igrejas, não se lembram que existem crianças com fome...

Jorge Amado
Capitães da areia. São Paulo: Companhia das Letras, 2008.

Tem certas flores, você já reparou? que são belas e perfumadas enquanto estão nos galhos, nos jardins. Levadas pros jarros, mesmo jarros de prata, ficam murchas e morrem.

Jorge Amado
Gabriela, cravo e canela. São Paulo: Companhia das Letras, 2008.
Inserida por pensador

Havia-me preparado para todas as eventualidades da vida. Imaginei-me amarrado para ser fuzilado, esforçando-me para não tremer nem chorar; imaginei-me assaltado por facínoras e ter coragem par enfrenta-los; supus-me reduzido à maior miséria e a mendigar; mas por aquele transe eu jamais pensei ter de passar. Como é difícil controlar o amor.

Lima Barreto
O Cemitério dos Vivos

Nota: Não foi possível confirmar a autoria da última frase.

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[...] gente que a gente nunca viu, mas se sente bem ao ver pela primeira vez, e é como se as conhecesse desde sempre.


Fragmento do poema
"De Goiás a Brasília –
Memórias de Minas Gerais".

Com o passar do tempo, as rugas marcam presença, milhões de células morrem, pouco menos nascem. Mas sua capacidade de reflexão aumentam. Cora Coralina é uma dessas pessoas, que poderia ser uma abreviação de Cora'gem, mente fértil, coração delicado, doces na janela e abelhas a voar.

Inserida por EdsonSousa

⁠A todo momento o vejo...
Teu corpo... a única ilha
No oceano do meu desejo...

Teu corpo é tudo o que brilha,
Teu corpo é tudo o que cheira...
Rosa, flor de laranjeira...

Manuel Bandeira
Manuel Bandeira: Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1985.

Nota: Trecho de Poemeto erótico.

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Cria, e terás com que exaltar-te
No mais nobre e maior prazer.
A afeiçoar teu sonho de arte,
Sentir-te-ás convalescer

Inserida por rodkalenninfe

Vou me embora pra Passágada, lá sou amigo do rei.Terei a mulher que eu quero, na cama que escolherei!

Inserida por ledarocha7

⁠Criou-me, desde eu menino,
Para arquiteto meu pai.
Foi-se-me um dia a saúde...
Fiz-me arquiteto? Não pude!

Inserida por filip413

⁠O pardalzinho nasceu
Livre. Quebraram-lhe a asa.
Sacha lhe deu uma casa,
Água, comida e carinhos.
Foram cuidados em vão:
A casa era uma prisão,
O pardalzinho morreu.
O corpo Sacha enterrou
No jardim; a alma, essa voou
Para o céu dos passarinhos!

Inserida por Tayrinefidelis

⁠Despertar sem passado

Em tuas mãos suaves
Deposito
Meu coração cansado.
E quero, adormecido
No sonho bom
De teu semblante
Despertar sem passado.

Manuel Bandeira
Estrela da vida inteira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1993.
Inserida por laurenmatta

Se cubra com a Bandeira do Manuel. Afie o Machado, assim como fez Assis. Apanhe a Rosa do Guimarães. Não se esqueça dos Ramos do Graciliano, nem dos Matos do Gregório. Junte tudo que for necessário. E, por fim, peça aos Anjos do Augusto para que você seja Amado, como o Jorge.

E umas das coisas que aprendi é que se deve viver apesar de. Apesar de, se deve comer. Apesar de, se deve amar. Apesar de, se deve morrer. Inclusive muitas vezes é o próprio apesar de que nos empurra para frente. Foi o apesar de que me deu uma angústia que insatisfeita foi criadora de minha própria vida.

Clarice Lispector
Uma aprendizagem ou O livro dos prazeres. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

A teimosia é algo tão insistente.⁠

Inserida por ARRUDAJBde

ÁRIA PARA ASSOVIO

Inelutavelmente tu
Rosa sobre o passeio
Branca! e a melancolia
Na tarde do seio.

As cássias escorrem
Seu ouro a teus pés
Conheço o soneto
Porém tu quem és?

O madrigal se escreve:
Se é do teu costume
Deixa que eu te leve.

(Sê... mínima e breve
A música do perfume
Não guarda ciúme).

De um lado, a estrela eterna, e do outro a vaga incerta...

“Eu canto porque o instante existe
E a minha vida está completa.
Não sou alegre nem sou triste:
Sou poeta”.

(do livro "Viagem", 1939.)

"E por perder-me é que vão me lembrando,
por desfolhar-me é que não tenho fim..."
" Meus pés vão pisando a terra
Que é a imagem da minha vida:
Tão vazia, mas tão bela
Tão certa , mas tão perdida!"