Frases de Escritores

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Ressentimento do mundo

Para Carlos Drummond de Andrade

Enquanto no mundo tem gente pensando
que sabe muito,
eu apenas sinto.
Muito.

O MATA-BORRÃO
O mata-borrão absorve tudo e no fim da vida acaba confundindo as coisas por que passou... O mata borrão parece gente!

Poema da purificação

Depois de tantos combates
o anjo bom matou o anjo mau
e jogou seu corpo no rio.
As água ficaram tintas
de um sangue que não descorava
e os peixes todos morreram.
Mas uma luz que ninguém soube
dizer de onde tinha vindo
apareceu para clarear o mundo,
e outro anjo pensou a ferida
do anjo batalhador.

I need the sea because it teaches me.

O tempo lava e desenvolve, ordena e continua.
E que fica então das pequenas podridões, das pequenas conspirações do silêncio, dos pequenos frios sujos da hostilidade?

Otro

De tanto andar una región
que no figuraba en los libros
me acostumbré a las tierras tercas
en que nadie me preguntaba
si me gustaban las lechugas
o si prefería la menta
que devoran los elefantes.
Y de tanto no responder
tengo el corazón amarillo.

Ir levando no caminho os amores perdidos
e os sonhos idos
e os fatais sinais do olvido.

Ir seguindo na dúvida das horas apagadas,
pensando que todas as coisas se tornaram amargas
para alongarmos mais a via dolorosa.

O amor é vida quando não é morte; é berço e também sepultura.

Deus apenas fez a água, mas o homem fez o vinho.

Escritores, meditem muito e corrijam pouco. Fazei as vossas rasuras no vosso próprio cérebro.

O odioso é a porta de saída do ridículo.

E cintila a chama nos olhos da gente nova, mas nos olhar dos velhos, divisa-se a luz.

O poeta deve ter um só modelo, a Natureza; um só guia, a verdade.

A força dos povos bárbaros reside na sua juventude.

Tudo se rende ao sucesso, até a gramática.

O trabalho é a melhor das regularidades e a pior das intermitências.

Estamos todos condenados à morte, mas com um tipo de adiamento indefinido.

Se perder um amor... não se perca!
Se o achar... segure-o!

Circunda-te de rosas, ama, bebe e cala.
O mais... é nada.

Silvana Duboc e Fernando Pessoa

Nota: Os dos primeiros versos pertencem ao poema "Navegue" da escritora Silvana Duboc. Os dois últimos versos pertencem a uma ode de Ricardo Reis (heterônimo de Fernando Pessoa).

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A indiferença é a mais refinada forma de polidez.

Mario Quintana
Caderno H. Rio de Janeiro: Objetiva, 2013.

A vida é o dever que trouxemos para fazer em casa.