Frases de Escritores

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Diário de Viagem

O poeta foi visto por um rio,
por uma árvore,
por uma estrada...

O bom das segundas-feiras, do primeiro dia de cada mês, e do primeiro do ano, é que nos dão a ilusão que a vida se renova... Que seria de nós se a folhinha marcasse hoje o dia 713.789 da era Cristã?

Mario Quintana
Preguiça como Método de Trabalho

O poema é uma bola de cristal. Se apenas enxergares nele o teu nariz, não culpes o mágico.

"Anão" é quem não sabe deixar o amor crescer.

A gente deve atravessar a vida como quem está gazeando a escola e não como quem vai para a escola.

Mario Quintana
Caderno H. Rio de Janeiro: Objetiva, 2013.

O bom da chuva é que parece que não tem fim.

Mario Quintana
Caderno H. Rio de Janeiro: Objetiva, 2013.

A convivência entre poeta e leitor, só no silêncio da leitura a sós. A sós, os dois. Isto é, livro e leitor. Este não quer saber de terceiros, não quer que interpretem, que cantem, que dancem um poema. O verdadeiro amador de poemas ama em silêncio...

Queria ter a certeza de que apesar de minhas renúncias e loucuras, alguém me valoriza pelo que sou, não pelo que tenho. E que esse alguém me peça para que eu nunca mude, para que eu nunca cresça, para que eu seja sempre eu mesmo.

— Eu queria propor-lhe uma troca de ideias...
— Deus me livre!

Das delicadezas que a vida ensina, o mais bonito sempre fica:
Os laços que se formam entre duas almas também são formas de abraço.
É assim que é o abraço: coração com coração, tudo isso cercado de braçanão.

As pessoas não se precisam, elas se completam.

No dia em que estiveres muito cheio de incomodações, imagina que morreste anteontem... Confessa: tudo aquilo teria mesmo tanta importância?

Na convivência, o tempo não importa.
Se for um minuto, uma hora, uma vida.
O que importa é o que ficou deste minuto,
desta hora… desta vida...

Conhecer o mistério de um corpo é talvez mais importante do que conhecer o mistério de uma alma.

Mario Quintana
Caderno H. Rio de Janeiro: Objetiva, 2013.

Dona Lógica usa coque e óculos, como aquelas velhas professoras que não se fabricam mais e tão chatas que, no meio da aula, sempre alguém lhes pedia “para ir lá fora”. Sim, Dona Lógica, a alma também precisa de um pouco de ar.

Passageiro Clandestino

No porta-mala do meu automóvel
Levo um anjo escondido...
Quando chegamos a um descampado,
Ele sai lá de dentro, estende as asas, belas como a vitória
E aí, então, nos seus ombros, dou uma longa volta pelos céus da cidade...

Ah, sempre que se sonha alguma coisa
tem-se a idade do tempo em que a sonhamos:
Me esqueci do futuro...

Pergunto-me por que o uivar de lobos, os trovões, os raios constituem o pano de fundo para as cenas de horror. Pois, quando o medo é muito, faz-se um silêncio na alma. E nada mais existe.

A imaginação é a memória que enlouqueceu.

Mario Quintana
Caderno H. Rio de Janeiro: Objetiva, 2013.

Não sejas muito justo, e nem utilize sua sabedoria mais que o necessário, para que não venhas a ser estúpido.

Mario Quintana

Nota: Adaptado do Eclesiastes