Frases de Dúvida
Uma semana útil bem encerrada é quando, apesar das dificuldades, imprevistos, incertezas e, às vezes, um pouquinho de preguiça no dia a dia, no fundo, a paz do dever cumprido se sobrepõe e a gratidão interior emana coragem para recomeçar após a pausa. Vida se constrói com trabalho, com a rotina do comprometimento e qualquer conquista fora deste contexto está sujeita, com as ações do Tempo, ao desmoronamento material, à vergonha moral e às perturbações psíquicas.
Em pensamentos incertos,
Mergulho em medos que me cercam.
A dúvida mora em um coração medroso,
Os seus olhos ainda me acusam
Do que eu mais temo, fazendo de mim
Meu pior inimigo.
Estranho, pensei que me conhecia
Achei que nunca acabaria.
Más acabou mais cedo do que pude pensar.
Espero não estar sozinho nesse mundo
Com tantas incertezas; tantos mistérios
E mesmo não os conhecendo eu sempre amarei vocês
Meus irmãos.
Naquele tempo eu tinha dúvidas
Eu não queria acreditar
Que seria pra sempre eu e você
Como é que eu pude acertar?
Depois de um pedido inesperado,
A promessa na varanda teria me salvado.
Tantas dúvidas, fraquezas e escuridão
Você chegou, iluminou meu coração.
Mas não queria que você sofresse
Nas mãos de um cara como eu,
Aquilo que um dia eu fui
Juro que aquele cara morreu.
Esse é um pedido de desculpas
A uma pessoa que eu magoei,
Nem sei se ela está me ouvindo agora
Mas nessa hora eu sinto que me perdoei.
Eu vou embora e não posso mais voltar
Não quero ser, quem vai te fazer chorar.
Eu paro e penso, pra sempre vou lembrar
A sua voz, me pedindo pra ficar.
Aquelas pistas que você deixou
Não consegui nem encontrar.
Aquelas juras de amor
Nunca mais vou escutar.
Você merecia muito mais
do que eu pude oferecer.
Poxa, um anel de noivado?
Eu não soube nem receber.
Hoje eu paro e penso
nos erros que cometi,
Deixei tudo para trás
aquilo que me fazia feliz.
Fico dizendo pra mim mesmo
que eu já me perdoei,
Mas é só uma desculpa,
finjo que já superei.
Tento esconder pra todo mundo
a dor que estou sentindo,
A falta que você me faz
é como num labirinto, estou perdido.
Acho que vou deletar
essas redes sociais,
Digo que vou te esquecer
mas eai, como que faz?
Fico aqui te observando,
mas sério, não me leva a mal.
Sei que sua página virou
mas eu ainda não tô legal.
Naquela esquina,
eu não vou mais passar
Acelerando minha moto,
só pra você escutar.
Olhando assim pareço um idiota,
Já acabou o sexto mês,
Mas eu ainda queria ver seu sorriso
Pelo menos mais uma vez.
Pelo menos eu sei
que você está mais tranquila, serena
Não está mais sozinha,
espero que ele valha a pena.
O Beck ainda tá na minha mão,
nem lembrei de ascender.
Cê sabe, tenho memória ruim,
mas de você nunca vou me esquecer.
Espero que dê tudo certo em sua vida
O que eu não pude oferecer, você ganhe de sobra!
Mas se caso não der certo, me liga
Volto pra você toda hora.
Santo Agostinho dizia que “se você duvida, é porque você crê”. Essa frase põe a gente no colo. Então creio, tenho fé.
DUALISMO
Ora sim, ora não, variável cotidiano
Vivo ansiando, em dúvidas e prece
Num dualismo, a arder, e assim tece
A alma, tumulto e clamor, vil insano
Fatal, no rir como no chorar, padece
E, como num sorvedoiro, o profano
Moro entre a crença e o desengano
Como se o azarão assim o tivesse
Pobre, capaz de maquinal ousadia
Temores, e das virtudes insatisfeito
Nem das alegrias, gorjeta e cortesia
E, no logro da obsessão do agora
Devora a maravilha do meu peito
Em assombros que a poesia chora
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
26/08/2019, 05'10"
Cerrado goiano
Olavobilaquiando
Assim como nem toda crença é legítima, nem toda dúvida é legítima. A dúvida precisa provar suas razões de duvidar.
SEM DITA
Num poema todo criado de incerteza
De noturna inspiração e de tristura
É que eu vi a insônia em desventura
E ( mais que desventura) de rudeza
Ditar em vulgar estro da aspereza
Um ardor na trova sem suavidade
Sem luz, sem brisa da venustidade
Que até nem sei se há tal fel frieza
Uma malícia, mística, uma mistura
Desta feita de medo, de amargura
E da lágrima duma dor derradeira
Ó lampejo, visão aflita e nervosa
Crias a poesia agasta e chorosa
Sem deixar provar a sorte inteira!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
27/08/2019, 05'35"
Cerrado goiano
Olavobilaquiando
Acalma a tempestade no meu interior
Minh'alma agitada que quer sempre atenção
E as ondas de dúvidas que vêm como um turbilhão
Na quebra das ondas de encontro
Aos rochedos do meu coração
Na rebentação querem me assustar
No silêncio venha comigo falar
No silêncio venha me amar
É no silêncio que eu posso declarar
Que o meu coração é teu e pra sempre vou te amar!