Faz amor com a alma e poesia com o corpo.
Quando o corpo legaliza a alma que veste: a Vida legitima a existência.
Atenção: não deixar a alma envelhecer antes do corpo.
Amar é isto: o coração sente muito mais vontade de estar perto que o próprio corpo.
Quando a tua alma despe-se perto de mim: o meu corpo evapora-se.
Morrer é: anoitecer o corpo e amanhecer a alma.
Dinheiro: corpo limpo e alma suja. Fome: corpo sujo e alma limpa.
Regar o corpo com a Natureza: florescem sorrisos na alma.
Escalei o teu corpo e epidermicamente a vista é deslumbrante.
A Natureza possui um olhar arrebatador, despe-nos silenciosamente: a alma e o corpo.
A mente expressa o que o corpo não tem coragem de dizer.
Gosto quando os meus pensamentos insistem em rodear o teu corpo.
Aproxima-te epidermicamente a mim, quero poetizar o teu corpo.
As linhas do teu corpo: desalinham as minhas noites.
Dentro do teu corpo: encho a minha alma de poesia.
Para quem ama: a alma pesa sempre mais que o corpo.
— O que vieste aqui fazer ao meu poema?
— Vim buscar o meu corpo.
— Para quê?
— Para despir as tuas noites.
Gosto quando o teu corpo flerta com a minha cama.
A alma está em temporário TIC-TAC dentro do corpo.
O teu coração tem sabor a mar, a tua alma tem o perfume da floresta e o teu corpo é poesia naufragada no meu corpo.