Frases de Carlos Drummond de Andrade

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Quem não namora, tirou férias não remuneradas de si mesmo.

Depois, cantou “se mil vezes você me deixar e voltar, eu aceito”.

RECOMENDAÇÃO

Neste botânico setembro,
que pelo menos você plante
com eufórica
emoção ecológica
num pote de plástico
uma flor de retórica.

Em teu crespo jardim, anêmonas castanhas

Em teu crespo jardim, anêmonas castanhas
detêm a mão ansiosa: Devagar.
Cada pétala ou sépala seja lentamente
acariciada, céu; e a vista pouse,
beijo abstrato, antes do beijo ritual,
na flora pubescente, amor; e tudo é sagrado.

Sofremos por quê? Porque automaticamente esquecemos o que foi desfrutado e passamos a sofrer pelas nossas projeções irrealizadas.

Onde estivestes de noite
Que de manhã regressais
com o ultramundo nas veias,
entre flores abissais?

Todo mundo é bom quando não usa a cabeça.

Uma eleição é feita para corrigir o erro da eleição anterior, mesmo que o agrave.

Te amo, porque te amo.

Mas as coisas findam, muito mais que lindas essas ficarão.

Os impactos de amor não são poesia.

Com você aprendi e aprendo todos os dias o que é preciso pra ser feliz, pra amar de verdade.

É fácil falar em nome do povo, ele não tem voz.

O beijo é flor no canteiro ou desejo na boca?

Eu te amo e tu me ama, desde tempos imemoriais!

Professorinha ensinando à crianças; a adultos; ao povo;
toda a arte de ser, sem esconder o ser.


(Trecho de Drummond, no dia da morte de Leila)

Noventa por cento de ferro nas calçadas,oitenta por cento de ferro nas almas"

A tarde talvez fosse azul,
não houvesse tantos desejos.

Carlos Drummond de Andrade
Poesia até agora. Rio de Janeiro: J. Olympio, 1948.

Nota: Trecho do Poema de sete faces.

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