Frases de Bernardo Soares
O verdadeiro sábio é aquele que assim se dispõe que os acontecimentos exteriores o alterem minimamente. Para isso precisa couraçar-se cercando-se de realidades mais próximas de si do que os fatos, e através das quais os fatos, alterados para de acordo com elas, lhe chegam.
Despreza tudo, mas de modo que o desprezar não te incomode. Não te julgues superior ao desprezares. A arte do desprezo nobre está nisso.
Os homens são fáceis de afastar: basta não nos aproximarmos.
Tenho uma espécie de dever de sonhar sempre, pois, não sendo mais, nem querendo ser mais, que um espectador de mim mesmo, tenho que ter o melhor espetáculo que posso. Assim me construo a ouro e sedas, em salas supostas, palco falso, cenário antigo, sonho criado entre jogos de luzes brandas e músicas invisíveis.
Verifico que, tantas vezes alegre, tantas vezes contente, estou sempre triste.
Não há sossego - e, ai de mim!, nem sequer há desejo de o ter.
Nota: Trecho do "Livro do Desassossego", de Fernando Pessoa (heterônimo Bernardo Soares).
Minha alma é uma orquestra oculta; não sei que instrumentos tange e range, cordas e harpas, tímbales e tambores, dentro de mim. Só me conheço como sinfonia.
Nota: Trecho do "Livro do Desassossego", de Fernando Pessoa (heterônimo Bernardo Soares).
Só o que sonhamos é o que verdadeiramente somos, porque o mais, por estar realizado, pertence ao mundo e aos outros.
Uns governam o Mundo, outros são o Mundo.
Cada um de nós é um grão de pó que o vento da vida levanta, e depois deixa cair.
Vai inconsciente. Vive inconsciente. Dorme, porque todos
dormimos. Toda a vida é um sonho. Ninguém sabe o que
faz, ninguém sabe o que quer, ninguém sabe o que sabe.
Dormimos a vida, eternas crianças do Destino
A solidão desola-me; a companhia oprime-me. A presença de outra pessoa descaminha-me os pensamentos.
Talvez o meu destino seja eternamente ser guarda-livros, e a poesia ou a literatura uma borboleta que, pousando-me na cabeça, me torne tanto mais ridículo quanto maior for a sua própria beleza
Dentro da capoeira de onde irá a matar, o galo canta hinos à liberdade porque lhe deram dois poleiros.
Passam com toda
as atitudes com que se define a consciência, e não têm consciência
de nada, porque não têm consciência de ter consciência
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