Frases de Autores Famosos

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Amores não se encomendam como vestidos; sobretudo não se fingem, ou não se devem fingir nunca.

Machado de Assis
A Mão e a Luva (1874).

O interno não aguenta tinta.

Machado de Assis
ASSIS, M., Dom Casmurro

O melhor modo de apreciar o chicote é ter-lhe o cabo na mão.

Machado de Assis
Quincas Borba (1891).

Os acontecimentos humanos dependem de circunstâncias fortuitas e indiferentes. Chame a isto acaso ou providência; nem por isso a coisa deixa de existir.

Machado de Assis

Nota: Trecho do conto Antes que cases.

A dissimulação é um dever quando a sinceridade é um perigo.

Machado de Assis
Helena (1876).

Nota: Citação um pouco modificada do trecho original, que diz "A reflexão corrigiu a espontaneidade, e o padre reassumiu o gesto usual com essa dissimulação que é um dever, quando a sinceridade é um perigo."

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Mas a tristeza é necessária à vida...

As mulheres que são apenas mulheres, choram, arrufam-se ou resignam-se; as que têm alguma coisa mais do que a debilidade feminina, lutam ou recolhem-se à dignidade do silêncio.

O essencial não é fazer muita coisa no menor prazo; é fazer muita coisa aprazível ou útil.

A vontade e a ambição, quando verdadeiramente dominam, podem lutar com outros sentimentos, mas hão de sempre vencer, porque elas são as armas do forte, e a vitória é dos fortes.

Machado de Assis
A Mão e a Luva (1874).

Ce ne sont pas mes gestes que j'ecris, c'est moi, c'est mon essence. Ora, há só um modo de escrever a própria essência, é contá-la toda, o bem e o mal.

Machado de Assis
Dom Casmurro

Nota: A frase em francês é uma citação de Michel de Montaigne.

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Ninguém a observava; mas é privilégio do romancista e do leitor ver no rosto de uma personagem aquilo que as outras não veem ou não podem ver.

Machado de Assis
A Mão e a Luva (1874).

A alma da gente, como sabes, é uma casa assim disposta, não raro com janelas para todos os lados, muita luz e ar puro.

Machado de Assis
Dom Casmurro

Cada homem vê as coisas com os olhos da sua idade.

Machado de Assis
A Mão e a Luva (1874).

Não se deixe apodrecer na obscuridade, que é a mais fria das sepulturas.

Machado de Assis
Iaiá Garcia (1878).

Não há nada eterno neste mundo; nada, nada. As mais profundas paixões morrem com o tempo.

Machado de Assis
Iaiá Garcia (1878).

O vício é muitas vezes o estrume da virtude. O que não impede que a virtude seja uma flor cheirosa e sã.

Machado de Assis
Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881).

O amor da glória temporal era a perdição das almas, que só devem cobiçar a glória eterna.

Machado de Assis
Memórias póstumas de Brás Cubas (1881).

A franqueza é a primeira virtude de um defunto. Na vida, o olhar da opinião, o contraste dos interesses, a luta das cobiças obrigam a gente a calar os trapos velhos, a disfarçar os rasgões e os remendos, a não estender ao mundo as revelações que faz à consciência

Machado de Assis
Memórias Póstumas de Brás Cubas. Rio de Janeiro: Typografia Nacional, 1881.

A um coração desenganado não há imediatamente compensações possíveis nem eficazes consolações.

Machado de Assis
Ressurreição (1872).

Uma lágrima brotou-lhe dos olhos, quente de todo o calor de uma alma apaixonada e sensível; brotou, deslizou-se e foi cair no papel.