Frases de Autores Conhecidos

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Eu bem que me controlo, mas sou tão sensível.

Clarice Lispector
Minhas queridas. Rio de Janeiro: Rocco, 2007.

Nota: Trecho de carta para Tania Kaufmann, escrita em 8 de julho de 1944.

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E não caminharei "de pensamento a pensamento", mas de atitude a atitude.

Clarice Lispector
A paixão segundo G. H. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Ai que te amo e amo tanto que te morro.

Clarice Lispector
Para não esquecer. Rio de Janeiro: Rocco, 2015.

Nota: Trecho da crônica Brasília: esplendor.

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Volto-me então para o meu rico nada interior. E grito: eu sinto, eu sofro, eu me alegro, eu me comovo. Só o meu enigma me interessa.

Clarice Lispector
Um sopro de vida. Rio de Janeiro: Rocco, 2015.

Não estou à altura de imaginar uma pessoa inteira porque não sou uma pessoa inteira.

Clarice Lispector
A paixão segundo G. H. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

O pouco que sei não dá para compreender a vida, então a explicação está no que desconheço e que tenho a esperança de poder vir a conhecer um pouco mais.

Clarice Lispector
A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

Nota: Trecho da crônica Divagando sobre tolices.

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O que me interessava sobretudo é sentir, acumular desejos, encher-me de mim mesmo. A realização abre-me, deixa-me vazio e saciado.

Clarice Lispector
Todos os contos. Rio de Janeiro: Rocco, 2016.

Nota: Trecho do conto Obsessão.

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Até criar a verdade do que me aconteceu. Ah, será mais um grafismo que uma escrita, pois tento mais uma reprodução do que uma expressão.

Clarice Lispector
A paixão segundo G. H. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

E porque minha alma é tão ilimitada que já não é eu, e porque ela está tão além de mim – é que sempre sou remota a mim mesma, sou-me inalcançável como me é inalcançável um astro.

Clarice Lispector
A paixão segundo G. H. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Ela, volta e meia, era uma mulher.

Clarice Lispector
Felicidade clandestina. Rio de Janeiro: Editora Rocco, 1998.

Nota: Trecho do conto A mensagem.

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Faltava-lhe o jeito de se ajeitar. Só vagamente tomava conhecimento da espécie de ausência que tinha de si em si mesma.

Clarice Lispector
A hora da estrela. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

O que é que se consegue quando se fica feliz?

Clarice Lispector
Perto do coração selvagem. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Ele, a quem eu nada podia dar senão minha sinceridade, ele passou a ser uma acusação de minha pobreza.

Clarice Lispector
A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

Nota: Trecho da crônica Os grandes amigos.

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Escrevo para me livrar da carga difícil de uma pessoa ser ela mesma.

Clarice Lispector
Um sopro de vida. Rio de Janeiro: Rocco, 2015.

Sou cheio de muito amor e é isso o que certamente me dá uma grandeza.

Clarice Lispector
Uma aprendizagem ou O livro dos prazeres. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Quero captar o meu é. E canto aleluia para o ar assim como faz o pássaro. E meu canto é de ninguém. Mas não há paixão sofrida em dor e amor a que não se siga uma aleluia.

Clarice Lispector
Água viva. Rio de Janeiro: Editora Rocco, 1998.

Esperar que algo amadureça é uma experiência sem par: como na criação artística em que se conta com o vagaroso trabalho do inconsciente.

Clarice Lispector
A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

Nota: Trecho da crônica Um reino cheio de mistério.

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Não sei o que fazer da aterradora liberdade que pode me destruir. Mas enquanto eu estava presa, estava contente? ou havia, e havia, aquela coisa sonsa e inquieta em minha feliz rotina de prisioneira?

Clarice Lispector
A paixão segundo G. H. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Sobreviver chama-se manter luta contra a vida que é mortal.

Clarice Lispector
A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

Nota: Trecho da crônica Atualidade do ovo e da galinha.

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É por isso que na graça eu me mantive sentada, quieta, silenciosa. E como em uma anunciação. Não sendo porém precedida por anjos. Mas é como se o anjo da vida viesse me anunciar o mundo.

Clarice Lispector
Água viva. Rio de Janeiro: Editora Rocco, 1998.