Frases de Anne Frank
Não consigo confiar em alguém que não me conte muita coisa sobre si próprio, e como sei muito pouco sobre ele, não consigo me sentir mais íntima.
20 de Junho de 1942
Tenho vontade de escrever, e tenho uma necessidade ainda maior de tirar todo o tipo de coisas de dentro do meu peito.
Lá fora não se ouve um pássaro, e o silêncio mortal e opressivo paira sobre a casa e gruda em mim, como se fosse me arrastar para as regiões mais profundas dos abismos subterrâneos.
Cheguei ao ponto em que tanto faz viver ou morrer. O mundo continuará a girar sem mim. O que tem de acontecer, acontece, e, de qualquer forma de nada adianta tentar resistir. Confio na sorte e só faço trabalhar, esperando que tudo acabe bem.
Não acredito que a culpa da guerra seja só dos governantes e capitalistas. Não, o homem da rua também tem a sua culpa, pois não se revolta.
Mas não te esqueças: vivo numa época louca e em circunstâncias loucas. Que sorte a minha poder escrever o que penso e sinto. Se não fosse isto, sufocava, de certeza.
Vou vencer a minha dor e seguir o meu caminho. Só gostaria de ter, de vez em quando, um pouco de sucesso, de ser estimulada e encorajada por alguém que me tivesse amor!
Não me condene! Por favor, compreenda que, às vezes, não posso mais!
Não compreendo que alguém diga "sou fraco" e continue fraco. Se conhecemos os nossos defeitos por que não tentamos então corrigí-los?
O sol brilha, o céu está muito azul, sopra um vento magnífico e eu anseio tanto - anseio tanto - por tudo... Tenho saudades de conversar, de liberdade, de amigos, de estar sozinha. Tenho tanta saudade... de chorar!
Não pretendo fugir da verdade, porque quanto mais ela for adiada, mais difícil será eles aceitarem quando precisarem ouvi-la.
Para mim é impossível ser sorridente num dia e venenosa no outro. Eu preferiria o meio-termo de ouro, que não é tão dourado assim, e guardar para mim meus pensamentos. Talvez algum dia eu trate os outros com o mesmo desprezo com que me tratam. Ah, se pudesse!
É o princípio do fim – dizia todo mundo, mas Churchill, o primeiro ministro inglês, que devia ter ouvido a mesma coisa sendo repetida na Inglaterra, declarou: – Isto não é o fim. Não é nem mesmo o princípio do fim. Mas talvez seja o fim do princípio.
Perguntei-lhe se, como prova de nossa amizade, se podíamos sentir os seios uma da outra, mas ela se recusou.