O mundo está cheio de amor, graças ao amor-próprio.
O amor, tal como existe na sociedade, não passa da troca de duas fantasias e do contato de duas epidermes.
Ama-se com amor aqueles que não se podem amar de outro modo.
O amor-próprio dos homens é quase tão inflamável como a imaginação.
Como é insuficiente o coração humano! Um longo amor acaba por cansar.
O amor dá-se mal nas casas ameaçadas de pobreza. É como os ratos que pressentem as ruínas dos pardieiros em que moram, e retiram-se.
Nada é mais difícil do que partilhar um amor.
O amor é essa maravilhosa oportunidade de outro nos amar quando já não nos podemos amar a nós próprios.
Como o amor, como a morte, a verdade precisa dos véus da mentira.
O amor sem desejo é uma ilusão, não existe na natureza.
Quando o amor excede, não traz aos homens nem honra nem virtude.
Arrufos de amantes, renovação do amor.
O ódio pode ser perspicaz, mas nunca num sentido maior. Só o amor possui um horizonte.
Ninguém nos aconselha tão mal como o nosso amor-próprio, nem tão bem como a nossa consciência.
Somos enganados mais vezes pelo nosso amor-próprio do que pelos homens.
O amor e o seu reverso, o ódio, constituem o verdadeiro estudo da vida, porque só eles tiram as consequências dos outros indivíduos.
O maior milagre do amor é o de curar da galantaria.
No amor o futuro faz esquecer o passado.
O desejo de agradar nasce nas mulheres antes da necessidade do amor.
O amor sozinho iguala todas as outras coisas.