Do amor para com a mulher, nasceu tudo o que há de mais belo no mundo.
Quão facilmente o amor acredita em tudo o que deseja!
O amor é o mais agradável episódio do romance da vida, e o casamento o apagador do amor.
A honestidade das mulheres é muitas vezes o amor da sua reputação e da sua tranquilidade.
A clemência dos príncipes não passa muitas vezes de uma política para conquistar o amor dos povos.
No amor, as mulheres são profissionais; os homens, amadores.
O amor que se acende e se apaga descontinuamente logo se queima.
O amor não existe, só há provas de amor.
Muitos são os remédios que curam o amor, mas nenhum é eficaz.
O amor é como a febre, nasce e extingue-se sem que a vontade tome minimamente parte nele.
No amor o mais importante é não fazer mal à outra pessoa. É secundário que se atinja este objetivo pela mentira ou pela honestidade. Infelizmente quase toda a gente odeia ser enganada.
O amor-próprio do tolo, quando se exalta, é sempre o mais escandaloso.
O amor é tormento, a falta de amor é morte.
Os camaleões alimentam-se de luz e de água: / O alimento dos poetas é o amor e a fama.
É mais vulgar ver um amor absoluto do que uma amizade perfeita.
Assim como o amor de Deus é raiz de todas as virtudes, assim o amor-próprio é a de todos os vícios.
Não existe ódio implacável a não ser no amor.
O amor, no seu estado social, talvez não tenha nada razoável senão a sua loucura.
O amor não é um sentimento, é uma arte.
O amor cede diante dos negócios. Se queres sair / do amor, entra nos negócios: estarás seguro.
Ovídio
OVÍDIO, Os Remédios do Amor
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