debaixo da tênue linha que divide o amor do ódio, existe um país neutro onde moram os corações dormentes. é um lugar onde não há ressentimentos, nem andamos em montanhas russas. o coração cumpre sua responsabilidade física, mas se ausenta no sentir.
Para quem tem medo do amor, o ódio é inelutável. A pessoa projeta no outro todo seu rancor enrustido, todo seu amor perdido. O ser torna-se amargo, fica entre o querer e o esquivar-se. Fica no vazio, no frio, longe do calor da plenitude, que é o amor.
Flávia Abib