Frases Conhecidas

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No entanto como seria bom construir alguma coisa pura, liberta do falso amor sublimizado, liberta do medo de não amar...Medo de não amar, pior que o medo de não ser amado...

Clarice Lispector
Perto do coração selvagem. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Meu anjo da guarda acaba de me dizer que eu tenho que fazer tudo por mim mesma – e foi embora.

Clarice Lispector
Todas as cartas. Rio de Janeiro: Rocco, 2020.

Nota: Trecho de carta para Fernando Sabino, escrita em 14 de agosto de 1946.

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O segredo destas flores fechadas é que exatamente no primeiro dia da primavera elas se abrem e se dão ao mundo.

Clarice Lispector
A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

Nota: Trecho da crônica Primavera se abrindo.

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Quando começa a ficar muito bom eu ou desconfio ou dou um passo para trás.

Clarice Lispector
Um sopro de vida. Rio de Janeiro: Rocco, 2015.

No amor felizmente a riqueza está na doação mútua. O que não significa que não haja luta: é preciso se doar o direito de receber amor. Mas lutar é bom.

Clarice Lispector
A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

Nota: Trecho da crônica Doar a si próprio.

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É que "quem sou eu?" provoca necessidade. É como satisfazer a necessidade? Quem se indaga é incompleto.

Clarice Lispector
A hora da estrela. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

O fato é que tenho nas minhas mãos um destino e, no entanto, não me sinto com o poder de livremente inventar: sigo uma oculta linha fatal. Sou obrigado a procurar uma verdade que me ultrapassa.

Clarice Lispector
A hora da estrela. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Quem já não se perguntou: sou um monstro ou isto é ser uma pessoa?

Clarice Lispector
A hora da estrela. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Nós estávamos nos olhando fixamente, e assim ficamos por uns instantes. Éramos um só ser. Esses momentos são o meu segredo.

Clarice Lispector
A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

Nota: Trecho da crônica Ao correr da máquina.

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Fui até onde pude, mas como é que não compreendi que aquilo que não alcanço em mim... já são os outros?

Clarice Lispector
A maçã no escuro. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

De repente as coisas não precisam mais fazer sentido.

Clarice Lispector
Um sopro de vida. Rio de Janeiro: Rocco, 2015.

Borboleta é uma pétala que voa.

Clarice Lispector
Um sopro de vida. Rio de Janeiro: Rocco, 2015.

O mundo me parece uma coisa vasta demais e sem síntese possível.

Clarice Lispector

Nota: Trecho de carta escrita a Tania Kaufmann, em 21 de abril de 1946.

Estou escrevendo porque não sei o que fazer de mim.

Clarice Lispector
Um sopro de vida. Rio de Janeiro: Rocco, 2015.

Vou continuar, é exatamente da minha natureza nunca me sentir ridícula, eu me aventuro sempre, entro em todos os palcos.

Clarice Lispector
Perto do coração selvagem. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Todo caso de loucura é que alguma coisa voltou. Os possessos, eles não são possuídos pelo que vem, mas pelo que volta.

Clarice Lispector
A paixão segundo G. H. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Não gosto do que acabo de escrever – mas sou obrigada a aceitar o trecho todo porque ele me aconteceu. E respeito muito o que eu me aconteço. Minha essência é inconsciente de si própria e é por isso que cegamente me obedeço.

Clarice Lispector
Água viva. Rio de Janeiro: Editora Rocco, 1998.

Amor é não ter. Inclusive amor é a desilusão do que se pensava que era amor. E não é prêmio, por isso não envaidece.

Clarice Lispector
A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

Nota: Trecho da crônica Atualidade do ovo e da galinha (II).

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Não telefono para mais ninguém. Quem quiser que me procure. E vou me fazer de rogada. Agora acabou-se a brincadeira.

Clarice Lispector
A via crucis do corpo. Rio de Janeiro: Editora Rocco, 1998.

Saudade é um pouco como fome. Só passa quando se come a presença.

Clarice Lispector
A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

Nota: Trecho da crônica Saudade.

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