A infância vai à criança, senil fica.
Ao menos farto de anos
comemoro os melhores dias nesta vida.
Até que eu pisque um olho, acordado
quem é já nasce pronto!
Doravante, já não durmo
nem provoco os sonhos.
Perguntam o que penso.
Ébrio, o meu silêncio é sincero.
Perguntam quem sou.
Penso e não mais estou.
Não tomei muito (só umas e outras)
na decisão de ser sozinho.
Redescobri nos dias
feitos para nós.
Já não os tenho
como outrora,
eu estive
apaixonado
por você e pela vida!
O que me resta é paixão,
da vida que fugiu sem rédeas.
De vez em quando, passa,
mãos dadas com um verso.
Tal como segredo,
confesso que, a princípio,
o simples é proposital.
De escusar inimigos,
os arrependidos
pedem sempre proteção.
Solto a vida pela janela.
Fiel como trilho e o trem.
Corro descalço
a caminho de ferro.
Os pés suados,
empanados de terra,
e as unhas de fora.
Ao olhar para trás.
Dou-me conta,
o quanto o horizonte é distante.
Tenho um longo caminho.
Embora, aqui dentro,
tudo o que sinto,
tudo o que vejo
é passageiro.
O meu único par perfeito,
só o meu tênis All Star!
(vai entender). Porque
apreciam as borboletas
e matam as lagartas!
somos boêmios
de, John Steinbeck.
Bradamos pelos becos
os versos rebeldes de O Uivo,
de Allen Ginsberg.
Quantos sonhos abandonados,
acostumados à solidão,
trancados e distantes,
esquecidos, jamais a sós!
Depois que a face envelhece,
ela volta a escrever:
Contos para a juventude.
Fala, garoto:
Quando nos conhecemos
éramos jovens!
Da chegada ao Porto,
ao pôr do sol.
Um céu reluzente!
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