Frases Bonitas sobre a Boca

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⁠eu estaria mentindo se dissesse
que você me deixa sem palavras
a verdade é que você deixa minha
língua tão fraca que ela esquece
a linguagem que fala

⁠você tem dores
morando em lugares
em que dores não deveriam morar

A vida é o caminho de volta para casa, tenha sempre ótimas histórias para contar

⁠você é a linha tênue
entre ter fé e
esperar às cegas

⁠não vou deixar que você
me arrume um lugar na sua vida
quando
o que eu quero é
arrumar uma vida com você

⁠quem chegar depois de você
vai me lembrar que o amor
precisa ser suave

ele vai ter
o gosto da poesia
que eu queria saber escrever

⁠eu sempre
me enfio
nessa confusão
eu sempre deixo
que ele diga que sou incrível
e meio que acredito
eu sempre pulo pensando
que ele vai me segurar
na queda
irremediavelmente eu sou
a amante e
a sonhadora e
isso ainda
acaba comigo

⁠tenho tanta dificuldade
de entender
como alguém
pode derramar sua alma
sangue e energia
em alguém
sem pedir
nada em
troca

⁠da próxima vez que
pedir um café preto
você vai sentir o jeito
amargo com que ele te deixou
isso vai te fazer chorar
mas você nunca vai
trocar de bebida
você prefere ter as partes
mais sombrias dele
a não ter nada

Bom mesmo é ter problema na cabeça, sorriso na boca e paz no coração!

Aliás, entregue os problemas nas mãos de Deus e que tal um cafezinho gostoso agora?

A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso cante, chore, dance e viva intensamente antes que a cortina se feche!

Ailin Aleixo

Nota: Trecho da versão adaptada da crônica "Só os idiotas são felizes" de Ailin Aleixo (erradamente atribuída a Arnaldo Jabor).

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BOCA

Boca: nunca te beijarei.
Boca de outro que ris de mim,
no milímetro que nos separa,
cabem todos os abismos.

Boca: se meu desejo
é impotente para fechar-te,
bem sabes disto, zombas
de minha raiva inútil.

Boca amarga pois impossível,
doce boca (não provarei),
ris sem beijo para mim,
beijas outro com seriedade.

Carlos Drummond de Andrade
ANDRADE, C. D. Poesia completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2002.

Colada à tua boca a minha desordem.
O meu vasto querer.
O incompossível se fazendo ordem.
Colada à tua boca, mas
escomedida
Árdua
Construtor de ilusões examino-te
sôfrega
Como se fosses morrer colado à
minha boca.
Como se fosse nascer
E tu fosses o dia magnânimo
Eu te sorvo extremada à luz do
amanhecer.

Hilda Hilst
Do Desejo

Para hoje:
Uma flor-amarela no cabelo
Uma esperança bonita no olhar
E na boca um desses risos bobos sem motivo.

Temos UMA boca e DOIS ouvidos mas jamais nos comportamos proporcionalmente.

Não abra a boca se o que tens a dizer não for mais belo que o silêncio.

⁠Sei que quer viver comigo. Me quer nos seus braços. E quer se divertir comigo. Sua boca pode mentir, mas seus olhos não.

Abraçar é dizer com as mãos o que a boca não consegue, porque nem sempre existe palavra para dizer tudo.

Eu me perdi nesse teus olhos castanhos, me perdi nessa tua boca linda e carnuda, me perdi, me perdi.... Me perdi completamente nesse teu jeito que me fascina. E o amor pulsa tão forte dentro do meu peito, grita tanto, tanto seu nome......
[.....]

Foi um beijo...

foi um beijo onde não importava a boca
só tuas mãos quentes me apertando pelas costas
nada estava acontecendo na minha frente
e a ansiedade que havia não era pouca
teus dedos perguntavam pra minha blusa
se meu corpo acolheria um delinquente
descoladas as línguas um instante
minha resposta saiu um tanto rouca

Martha Medeiros
Poesia Reunida. Porto Alegre: L&PM, 1999.

Vermelho I

Agora, o que mais desejo
Desejo em vermelho
Do beijar tua boca vermelhaça
E bela... como um mar de rosas
Rosas vermelhas...
De um vermelho-sangue ardente
Molhado... e quente
Não um molhado de mar
Mas um molhado de gente... da gente.