Frases Areia
Olhei para trás e lá, distante, estavam nossas últimas pegadas. O coração apertou. O mar que adorava beijar nossos pés se acanhou e as areias que amavam sentir nossas vibrações, estavam irreconhecíveis... frias. Nossas pegadas denunciavam que caminhávamos para lados distintos, abrindo um espaço tão enorme que só cabia saudade.
Hoje eu acordei com o universo em mim, milhares de palavras se aglomeravam na construção de novas ideias, formando os mais belos cânticos de celebração de diversos sentimentos ambíguos e paradoxais. Mas a cotidiana e rotineira obrigação exauriu-me de tal modo, que meu vasto universo se encolheu e transformou-se em um ínfimo grão de areia.
Movediça
Sempre tive medo
Da areia movediça
Dos filmes da sessão da tarde
Se não reagir, afunda
Se ficar debatendo-se, afunda
Areia movediça não tem fundo!
E Salve-se quem puder.
Ou salve-se por heróico milagre!
Tenho medo da areia movediça
Muitas vezes acontece assim
A vida imita a areia!
Reconstrução...
reconstrução...
Estou entrando em processo de
Preciso ressurgir dos escombros da minha alma
e tentar reconstruir a mim mesma...
Reconstruir meus sonhos,
minhas aspirações,
minhas metas em alicerces firmes,
buscar solidez
fugir do banco de areia...
Preciso sair do torpor,
deixar de ser
essa mulher que devaneia.
Decepção é o castelo de areia
feito em mansa praia a espera
da maré alta , que destrói esta
frágil construção,
mas a areia continua ali e
a maré vira novamente.
Então coloques outros ingredientes
na areia e construa-o longe do perigo.
Pois nada melhor que a sabedoria
do tempo para sanar as dores
que tais decepções nos causam.
Um grão de poeira- sim, de poeira e não de areia ! E há pessoas que usam esse intervalo minúsculo aqui no Planeta para fofocas, calúnias, invejas, maldades de todo tipo e se esquecem que ao pó da terra voltaremos, independente da cor, credo, posição social. Lá ficaremos "ad infinitum", igualados debaixo de mármores partidos.
Dos gases às águas
Dos ares às algas
Da areia à praia
Da flor à mata
Dos peixes aos primatas
Da fome à caça
Do fogo à prata
Da fala à arte
Da roda à máquina
Do amor ao ódio
Da dor ao ópio
Sou
Transbordo a expressão do ser no tempo
Sou essa interação, esse senso
Sou essa liberdade, esse contato integrado
Dias pesados
Noites de tormenta
Sorriso forçado
Sou levada pelo tempo.
Onde me perdi?
A areia que pesa meus passos
não é a mesma que massageava os meus pés.
O vento que embaraça meus cabelos
não é o mesmo que acariciava a minha pele.
Não vejo nada!
Tudo é vazio e deserto.
Senhor, onde foi que me perdi?
Areia movediça
Afundado na areia movediça até o pescoço, não vejo solução para o problema,
Até que a sombra de um galho acima da minha cabeça me ofereceu a direção da saída,
Liberto do desconforto, decide fazer arte da areia movediça, agora a frente de um espelho bem moldado vejo através de sua imagem o brilho poderoso do Sol.
Resumindo
Na areia molhada da praia,
vejo a marca do teu pisar.
Nas ondas mansas do mar
vejo a luz do teu olhar.
Da brisa quente que sopra
sinto tua boca beijar-me.
És tudo que a isso abarcas.
És um amor para se amar.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista de Letras
Membro Honorário da Academia de Letras do Brasil
Membro da U.B.E
Aquela areia do passado é desmachada pelos ventos. Nada é como antes, nada fica igual, nem os grãos.
As dunas do passado quando assombram o presente, precisam de ventos fortes pra desmanchar e
abrir os caminhos. Tudo se integra e desintegra como areia para novos começos e recomeços.
Deus pra mim é o ar que respiro
Deus é tudo que posso ver, sentir e tocar
Talvez ele não seja uma pessoa, nem um ser espiritual
Pode ser que ele seja ela ou nenhum dos dois
Nunca me importei, pois nada disso é verdade absoluta
A vida é como tentar segurar areia.
Por mais que você tente, uma hora tudo vai pro chão.
Areia que voa, como ciclos que se integram e desintegram, formam e desmancham. Desliza nas mais variadas formas, que serve de chão quando endurecida pra sustentar a confiança, e pó quando dispersada pra firmar a esperança. Nas andanças da vida, de um lado para o outro, um eremita caminhante como um grão.
Escrevi
Escrevi o teu nome na areia e na minha pele também,
em cada dia ao teu lado pude conhecer um pouco do paraíso,
nossas viagens nos levam a um mundo diferente, um mundo só nosso,
amar a tua presença e poder comemorar essa vitória com mais um por do sol é o final do filme que desejo ver por toda minha vida.
Era final de tarde, havia terminado o ensaio e sentei pra ver o por do sol.
Estava com um vestido curto, uma jaqueta e meus pés estavam sujos de areia. Vinha um vento frio devagarinho.
Olhava o céu, olhava a luz refletindo na água. Brilhando.
Uma luz de sonhos, de calma.
Coragem, pois o coração cansa, levanta e persiste.
A carência cega as pessoas. A carência te faz construir castelos de areia que nunca existiram (a não ser nos teus sonhos). A carência faz a gente não se reconhecer. Minha amiga, ainda dá tempo. Te olha no espelho e aprende: quem gosta de você te trata bem. Mas pra isso, aceita, a gente tem que se gostar. E muito.
Seu sorriso não foi desenhado em um quadro a giz ou na areia do mar que tudo pode apagar, foi esculpido no mais belo jardin onde poucos conseguem encontrar, sorriso mais belo, que nem mesmo o tempo pode apagar, mais basta ser curioso o suficiente para descobrir como chegar lá, e ter o prazer de ver esse sorriso, todos os dias te alegrar.
Tem coisas que o tempo não apaga , ainda mais se for uma pegada com a luz apagada.
E sobre a areia da praia apenas nossas roupas jogadas,
ao lado de nossas pegadas em uma madrugada quente de verão .
Você dizendo não para, e é claro de jeito algum eu pararia
mas a gente pode parar pra se pegar em qualquer outra estação.
Tu é forte e intensa
Como as ondas do mar
Que vem beijar a areia escura
Na beira da praia, na beira da vida.
Sentir o teu baque, o teu beijo e toque
É o que move
Esse corpo movediço.
Como foi contemplar teu intenso azul?
Como foi inalar teu gosto de (a)mar?
Sorte!
Foi no teu mar revolto
Que tive a sorte de me encontrar.
VIDA DE POETA
Faltou tinta, ele escreveu na areia.
Faltou papel, ele decorou a poesia.
Faltou espaço, ele abreviou as palavras.
Faltou silêncio, ele se escondeu no quarto.
Faltaram palavras, ele usou expressões.
Faltou incentivo, ele não se importou.
Faltaram vírgulas, ele colocou pontos.
Faltou inspiração, ele não fez nada...