É melhor haver dois do que um, porque duas pessoas trabalhando juntas podem ganhar muito mais.
Escrever é a única profissão em que ninguém é considerado ridículo se não ganhar dinheiro.
Fazer batota ao jogo e não ganhar, só de um tolo.
Queremos um lugar ao sol - é normal, meu rapaz; então faz o sol em vez de tentar ganhar o lugar.
Então, não desanime, lute, acredite, tenha esperança, e quando superar mais uma dificuldade, desfrute da vitória.
Morro pois não me resta mais nada na terra para aprender e conquistar.
Quem pratica uma boa ação, conquista um defensor; quem comete uma má ação, arranja um acusador.
A estirpe herda-se e a virtude conquista-se; e a virtude vale por si só o que a estirpe não vale.
A humanidade não é um estado a que se ascenda. É uma dignidade que se conquista.
O lazer, eis a maior alegria e a mais bela conquista do homem.
A mais bela e sanguinolenta conquista da máquina é o homem.
Faça da sua ausência o bastante para que alguém sinta sua falta, mas não prolongue-a demais para que esse alguém não aprenda a viver sem ti.
Se alguém mente sobre você, faça o contrário para que ele se passe por mentiroso.
Aprimorar a paciência requer alguém que nos faça mal e nos permita praticar a tolerância.
Não subestime os outros, nem os idolatre demais. Seja educada, mas não certinha. Faça coisas que nunca imaginou antes. Não minta, nem conte toda a verdade. Dance sozinha quando ninguém estiver olhando. Divirta-se enquanto seu lobo não vem.
Martha Medeiros
MEDEIROS, M. Trem-Bala. Porto Alegre: L&PM, 1997.
Nota: Trecho da crônica "Rir com o cérebro".
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E quando acaricio a cabeça de meu cão – sei que ele não exige que eu faça sentido ou me explique.
Quando fizer o bem, faça-o aos poucos. Quando for praticar o mal, é fazê-lo de uma vez só.
Pare de reclamar da vida e faça algo para mudar, mova-se, saia do canto, ficar parado é para os fracos, os fortes vão à luta.
Faça com que eu tenha a coragem de me enfrentar. Faça com que eu saiba ficar com o nada e mesmo assim me sentir como se estivesse plena de tudo. Receba em teus braços o meu pecado de pensar.
Não quero faca nem queijo. Quero a fome.
Adélia Prado
Poesia reunida. Rio de Janeiro: Record, 2015.
Nota: Trecho do poema Tempo.
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