Frases de Adélia Prado de Amor

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Amor pra mim é ser capaz de permitir que aquele que eu amo exista como tal, como ele mesmo. Isso é o mais pleno amor. Dar a liberdade dele existir ao meu lado do jeito que ele é.

O que a memória ama fica eterno. Te amo com a memória, imperecível.

Adélia Prado
Poesia reunida. Rio de Janeiro: Record, 2015.

Nota: Trecho do poema Para o Zé.

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Não tenho tempo pra mais nada, ser feliz me consome muito.

Adélia Prado
Poesia Reunida. Rio de Janeiro: Record, 2015.

Nota: Adaptação de uma frase de Adélia Prado, do poema A Criatura. A citação costuma ser erroneamente atribuída a Clarice Lispector.

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Divago, quando o que quero é só dizer te amo.

Quanto a mim, dou graças pelo que agora sei e, mais que perdoo, eu amo.

Os diamantes são indestrutíveis?
Mais é meu amor.
O mar é imenso?
Meu amor é maior,
mais belo sem ornamentos do que um campo de flores.
Mais triste do que a morte,
mais desesperançado do que a onda batendo no rochedo,
mais tenaz que o rochedo.
Ama e nem sabe mais o que ama.

Eu ponho o amor no pilão com cinza e grão de roxo e soco. Macero ele, faço dele cataplasma e ponho sobre a ferida.

Tudo manha, truque, engenho: é descuidar, o amor te pega, te come, te molha todo. Mas água o amor não é.

O amor usa o correio, o correio trapaceia, a carta não chega, o amor fica sem saber se é ou não é.

"Não me falou em amor. Essa palavra de luxo."

O amor me fere é debaixo do braço, de um vão entre as costelas, atinge o meu coração é por esta via inclinada

Adélia Prado

Nota: Trecho de poema presente no livro "Bagagem", de Adélia Prado. Link

Quero comer bolo de noiva,
puro açúcar, puro amor carnal
disfarçado de corações e sininhos:
um branco, outro cor-de-rosa,
um branco, outro cor-de-rosa.

A vida é muito bonita,
basta um beijo
e a delicada engrenagem movimenta-se,
uma necessidade cósmica nos protege.

Quero você na minha frente, extático, (...) e eu para todo o sempre olhando, olhando, olhando...

Às vezes acho que nasci na década errada. Tenho princípios que já se perderam e amo coisas que já não se dá mais valor.

Aqui é dor, aqui é amor, aqui é amor e dor:
onde um homem projeta seu perfil e pergunta atônito:
em que direção se vai?

AMOR VIOLETA

O amor me fere é debaixo do braço,
de um vão entre as costelas.
Atinge meu coração é por esta via inclinada.
Eu ponho o amor no pilão com cinza
e grão de roxo e soco. Macero ele,
faço dele cataplasma
e ponho sobre a ferida.

Adélia Prado
PRADO, A. Bagagem. Rio de Janeiro: Record. 2011. p. 83

"Raiva e Marcada de dor"

É roxo o amor, de amoras não, de dor.