O amor? Pássaro que põe ovos de ferro.
Guimarães Rosa
Grande Sertão: Veredas. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994.
Sertão é onde o pensamento da gente se forma mais forte do que o lugar. Viver é muito perigoso...
Vou ensinar o que agorinha eu sei, demais: é que a gente pode ficar sempre alegre, alegre, mesmo com toda coisa ruim que acontece acontecendo. A gente deve de poder ficar então mais alegre, mais alegre, por dentro.
Fino, estranho, inacabado, é sempre o destino da gente.
O de hoje é um dia que comprei fiado.
Viver de graça é mais barato.
Alegre, embora física e metafisicamente só, sentia o universo. Chovia-se-lhe.
A gente cresce sempre, sem saber para onde.
(Nenhum, nenhuma)
O rio não quer chegar a lugar algum, só quer ser mais profundo
Toda saudade é uma espécie de velhice.
Guimarães Rosa
Grande Sertão: Veredas. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994.
Representar é aprender a viver além dos levianos sentimentos, na verdadeira dignidade.
O passado é que veio até mim, como uma nuvem, vem para ser reconhecido; apenas não estou sabendo decifrá-lo.
A vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem.
Sem malícia, com paciência, sem insistência, principalmente.
Há todo um velho mundo ainda por destruir e todo um novo mundo a construir. Mas nós conseguiremos, jovens amigos, não é verdade?
Sertão: estes seus vazios.
Eu queria sair de tudo o que eu era, para entrar num destino melhor.
Tudo é real,por que tudo é inventado.
O que não é Deus, é estado do demônio. Deus existe mesmo quando não há. Mas o demônio não precisa de existir para haver.
Guimarães Rosa
Grande Sertão: Veredas. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994.
Ninguém é doido. Ou, então, todos.
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