Frase Rosa

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As coisas assim a gente não perde nem abarca. Cabem é no brilho da noite. Aragem do sagrado. Absolutas estrelas.

Rezar muito. E ter fé. Porque as coisas estão todas amarradinhas é em Deus.

Guimarães Rosa
ROSA, G. Vilma. Relembramentos: João Guimarães Rosa, meu pai. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2014.
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Cada criatura é um rascunho a ser retocado sem cessar.

"Mãe, o que é que é o mar, Mãe?" Mar era longe, muito longe dali, espécie duma lagoa enorme, um mundo d´água sem fim, Mãe mesma nunca tinha avistado o mar, suspirava. "Pois, Mãe, então mar é o que a gente tem saudade?"

No mais, mesmo, da mesmice, sempre vem a novidade.

Todo abismo é navegável a barquinhos de papel.

Ah, acho que não queria mesmo nada, de tanto que eu queria só tudo. Uma coisa, a coisa, esta coisa: eu somente queria era - ficar sendo!

É preciso auto-disciplina interior, maturidade intelectual, seriedade moral, senso de dignidade e de responsabilidade, todo um renascimento interior do proletário. Com homens preguiçosos, levianos, egoístas, irrefletidos e indiferentes não se pode realizar o socialismo.

A culpa minha, maior, é meu costume de curiosidade
de coração. Isso de estimar os outros, muito ligeiro,
defeito esse que me entorpece

Há pessoas que estão vindo muito demoradas...

Ah, mas a fé nem vê a desordem ao redor.

Guimarães Rosa
Grande Sertão: Veredas. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994.

Viver é um descuido prosseguido.

A água de boa qualidade é como a saúde ou a liberdade: só tem valor quando acaba.

O medo é a extrema ignorância em momento muito agudo.

As pessoas não morrem, ficam encantadas!

Guimarães Rosa

Nota: Trecho do discurso de posse na Academia Brasileira de Letras, em 16 de novembro de 1967.

Inútil fugir, inútil resistir, inútil tudo.

Guimarães Rosa
Primeiras estórias

Amigo, para mim, é só isto: é a pessoa com quem a gente gosta de conversar, do igual o igual, desarmado. O de que um tira prazer de estar próximo. Só isto, quase; e os todos sacrifícios. Ou – amigo – é que a gente seja, mas sem precisar de saber o por quê é que é.

Guimarães Rosa
Grande Sertão: Veredas. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994.

Viver – não é? – é muito perigoso. Porque ainda não se sabe. Porque aprender-a-viver é que é o viver mesmo.

Guimarães Rosa
Grande Sertão: Veredas. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994.

Merece de a gente aproveitar
o que vem e que se pode,
o bom da vida é só de chuvisco.

Viver é uma questão de rasgar-se e remendar-se.