glóbulo alado
halo da lua
no olho do lago
A lua nova.
Ela também a olha
de outra porta.
A nuvem oferta
delgada talhada
de melão: a lua.
A porteira bate -
Do meu lado esquerdo,
A lua de verão.
À beira do lago
aliso o brilho da lua
com as mãos molhadas
Na noite escura
um mar de espuma
chama pela lua
rajada de vento
a lua estremece
na corrente
sinto um agudo frio:
no embarcadouro ainda resta
um filete de lua
lua na neve
aqui a vida vai ser jogada
em breve
lua de setembro
lá fora o vento claro
varre as estrelas
Sobre o telhado
um gato se perfila:
lua cheia!
Jogando a tarrafa
caboclo desfaz a lua.
Pesca estrelas de escama.
De seguir o viajante
pousou no telhado,
exausta, a lua.
o rio pesado
corre sob a ponte
lua de chumbo
Por entre a neblina
Subindo a Serra Vernal
Bisbilhota a Lua.
Sobre mim a lua.
Lá atrás das altas montanhas
outro deve olhá-la.
no poço da quinta
o balde traz-me
estilhaços da lua
Praia, aldeia pobre:
vagueia a lua na areia -
alto astral nos cobre.
Na noite trevosa
eis, quando menos se espera,
teu semblante, lua!