A porteira bate - Do meu lado esquerdo, A lua de verão.
À beira do lago aliso o brilho da lua com as mãos molhadas
Na noite escura um mar de espuma chama pela lua
rajada de vento a lua estremece na corrente
sinto um agudo frio: no embarcadouro ainda resta um filete de lua
lua na neve aqui a vida vai ser jogada em breve
lua de setembro lá fora o vento claro varre as estrelas
Sobre o telhado um gato se perfila: lua cheia!
Jogando a tarrafa caboclo desfaz a lua. Pesca estrelas de escama.
lua nova ninja do espaço
De seguir o viajante pousou no telhado, exausta, a lua.
a lua na rua: um gato lentamente torna-se minguante.
Pelo zumbir dos mosquitos deve ser alta madrugada. Ó esta lua demorada!
Praia, aldeia pobre: vagueia a lua na areia - alto astral nos cobre.
Na noite trevosa eis, quando menos se espera, teu semblante, lua!
o céu resfria a lua vestiu uma charpa de bruma
a lua se foi meu rouxinol se calou acabou-se a noi-
folhas escuras tremem na brisa à contra-lua
após a festa da aldeia ficou ainda um crepe a lua cheia
ao voltar dos campos abro a porta e a lua entra comigo
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