Frase In Diretas para Pessoas Amadas

Cerca de 71692 frase In Diretas para Pessoas Amadas

já que atravesso abstractas conchas de enxofre
despeço-me gradualmente dos pequenos pedaços de
carvão que ressoam obtusamente como lúmen dentro
da sua ardência.

Inserida por FilipeMarinheiro

Pus-me em cima duma coagulada faca p’la ideia de
colher a verdade p’ra lá da aberta janela em que
a voragem colhe comigo os mimos dum fatal paraíso
tropical.

Inserida por FilipeMarinheiro

Ouço cântaros a darem gargalhadas enquanto anéis
em ruído fincam-se nos violinos calados. Nada
real acentuará ser isto, lógico que a poeira que
piso desamarrará tal malha com isco. A
civilização é clandestinamente isto.

Inserida por FilipeMarinheiro

Essa macia tarde deveria ser movida para trás
evitando que um nicho de archotes me destapasse o
meu cru estômago desobstruindo imbativelmente
crateras servidas em divisíveis taças que mal
conseguem expiar as monstras vidraças ressentidas
através de sãs mentiras.
viajantes mentiras.

Inserida por FilipeMarinheiro

morre neve lá fora como uma espécie de absorvente
barro, no entanto, se eu estivesse no decurso da
cor do adro faria-me rosa-pérola glaciar.

Inserida por FilipeMarinheiro

O vale sacode nuvens ao sol de teus olhos
A floresta deflagra exibidas criaturas
O pasto afia lápis nos felpudos repolhos
As corolas sábias fazem-se linguarudas

Inserida por FilipeMarinheiro

Num só gesto de gesso desordenado, tombo para a
negra chuva triunfal! Ela guarda-me em seu bolso de
adobe arminho. mansíssimo viro-me escancarado,
pisando grainhas das serranias que quase voam como
lástima inté banhar-me no ternurento silêncio em
flor...
Devo morrer indolor SILÊNCIO

Inserida por FilipeMarinheiro

Fiz do amor um gatilho em broquel ensopado
Fiz do amor um vulcão de rosas arrebanhadas
Fiz do amor uma náusea de escunas
Fiz do amor uma música de espumas

Inserida por FilipeMarinheiro

SORRIO no momento em que o sol-pôr cantante se encarcera
nos musicais tendões dum qualquer alçapão,
esprema profusamente chacais sobre vedação fractal,
e atravesso dulcíssima brisa numa gotícula em avesso!...

Inserida por FilipeMarinheiro

A escada estremece, os náuticos sinos no quebra-mar arrefecem,
o nevado sol ingere cintilados humanos olhos, e a PAIXÃO aparece.

Inserida por FilipeMarinheiro

Nem
sequer
me
ocorre
a
ideia
de
cerrar
os
olhos
e
não
rodopiar
veemente
com
a
INFELICIDADE.
Talvez
depois
de
ontem
salude
a
bela
FELICIDADE.

Inserida por FilipeMarinheiro

E lá me passeio
no frémito ferido
pelos redutores
picos da Saudade! quem é ela?
A Saudade?
É a fusão da compaixão com o ardor da
intrépida dor

Inserida por FilipeMarinheiro

Piso o creme
polar da estrela
com meus lábios
e encontro o manejo
das novas músicas à chuva
que me guiarão
ao significado
de ser-se maestro

Inserida por FilipeMarinheiro

Olho a linha
que espia a retina do mar
espero, espero, espero
e de tanto esperar em vão
um dia tarde demais
descobri que na escrituras
dos rebentos das ondas
estava escrito
que à nascença tinha sido
condenado pois
alma alguma me irá amar

Inserida por FilipeMarinheiro

Ontem estava um sol
de partir o cérebro,
desassombradamente
tive tempo de brincar ardido
numa casca de noz
d’um tal decotado vento...
rompi-me encantado, descalço
no requinte desse ermo vento...
escrevi vento e ele fechou-me
os miraculosos olhos
fundando-me morníssimo delírio.

Inserida por FilipeMarinheiro

Uma vez
atei lençóis ferrugentos
aos membros lisos
da claridade daquele céu tatuado,
como deslizava lasso ao longo
da corrente sanguínea
de um qualquer envenenamento.
Após sobrepostas vibrações
retalharem a sombra da minha fechadura.
São terríveis os afectos.

Inserida por FilipeMarinheiro

A minha cabeça pensa em todas as cabeças é sombriamente
todas as outras cabeças, entranham-se, entram umas nas
outras, na minha! – inquieto-me, estremeço, esmago-me,
imortalizo-me tornando vidente tudo o que mexe...

Inserida por FilipeMarinheiro

No pranto uma gota me faça
assombrado poeta para noutra
me tornar selvagem eremita
sorrindo proscrito.

Inserida por FilipeMarinheiro

Dá-me os teus pés
dancemos abertos ao meio
no dorso da incrível lua estelar
até nos imaginarmos
ofegantes projécteis a derreter
de lábios entupidos
doidos e doidos de preguiçoso amor.

Inserida por FilipeMarinheiro

ainda quebras o cheiro
das plantas apaixonantes

desdobrei-as no martírio
como envenenamento da minha triste escrita

olhei-me sob o deserto silêncio azul-esmalte
à procura, resoluto, da selva espalhada no desprezo

em que meus olhos vergastados navegaram...

Inserida por FilipeMarinheiro