Frase de teus Olhos
Quero apenas mergulhar no universo...
Do teu corpo ser tua presa
Lançar-me despudoradamente no infinito
Do teu oceano...
Soltar minhas borboletas douradas
Com cheiro doce de framboesa
No cio.
Sou Carne, Pele, Desejo, Fome: Plural de nada.
Essência do sabor da vida. Sou Ardor, Sou Paixão e...
Também Sou Amor. Simples Assim.
Hoje eu acordei com tantas
Saudades de você
Que comecei a perceber
Que sou plena de ti,
Que não me pertenço mais
Que minha alma se completa
Quando repousa na sua.
Não lhe direi mais nada.
Por que motivo irei perturbar-lhe o espírito com narração de meus sentimentos.
Mas sou digna de respostas!
O maior problema não é que os depoimentos não coincidam. É que nenhum deles bate com os fatos centrais do crime.
Penso que descobrir o caminho da felicidade é ter olhos de garimpeiro para as imensas pequenezas do dia a dia...
Ele fechou os olhos, ela fechou os olhos. Ficaram rodando, olhos fechados. Muito tempo, rodando ali sem parar. Ele disse: ― Eu não vou me esquecer de você. Ela disse: ― Nem eu.
A realidade nunca é a mesma depois que olhamos para o mundo com olhos diferentes. Uma vez que abrimos a possibilidade de ver o que está além, não retornamos ao que éramos antes!
Ela é estranha. Tem olhos hipnóticos. E a gente sente que ela não espera mais nada de nada nem de ninguém.
Eu sei sorrir com os olhos e gargalhar com o corpo todo.
Nota: Trecho de texto de Marla de Queiroz. Por vezes, é atribuído de forma errônea a Caio Fernando Abreu e Clarice Lispector.
...MaisNeste mundo são os olhos de quem ama as flores que se abrem, as grinaldas acesas em um barco, sinos das escolas, uma paisagem, conversas inesquecíveis, amigos, o domingo de uma criança, as músicas prediletas, o vestido novo para a festa, a roupa favorita, o outono e todas as estações...
Seus olhos se enchem de lágrima, a música se torna instrumental matando qualquer outra palavra, a cidade não respira, o tempo não existe, a solidão é coisa de gente que mora muito longe dali, minha mente aquieta todos os monstros.
Como? Como ajudaria dizer que vejo o rosto dele todas as noites quando fecho os olhos? Que acordo e começo a chorar quando vejo que ele não está? Que as memórias são tão fortes, que já não posso mais separá-las das minhas?
Quando eu vou dormir eu me pergunto:
você continuará aí, quando eu fechar os olhos?...
E quando eu fecho os olhos eu me pergunto:
você estará aí quando eu acordar?...
(eu espero que sim...)
Abro bem os olhos, e não adianta: apenas vejo. Mas o segredo, este não vejo nem sinto. A eletrola está quebrada e não viver com música é trair a condição humana que é cercada de música. Aliás, música é uma abstração do pensamento.
Ia me fazer muito bem abrir afinal meu coração e mostrar afinal a alguém que fechasse os olhos e não ouvisse, que horror pode se guardar numa pessoa. A solidão de que sempre precisei é ao mesmo tempo inteiramente insuportável.
Parece uma parábola, mas acontece todo dia: a gente só tem olhos para o que mostra a nossa janela, nunca a janela do outro. O que a gente vê é o que vale, não importa que alguém bem perto esteja vendo algo diferente.