Ninguém é tão prudente em despender o seu dinheiro, como aquele que melhor conhece as dificuldades de o ganhar honradamente.
Não há poder. Há um abuso do poder, nada mais.
O nosso espírito é essencialmente livre, mas o nosso corpo torna-o frequentes vezes escravo.
Aprovamos algumas vezes em público por medo, interesse ou civilidade, o que internamente reprovamos por dever, consciência ou razão.
Nos perigos graves, atropela-se toda a razão.
Pintar significa sofrer, mas sofrer significa conhecer.
A longo prazo uma profissão é como o matrimônio; apenas se sentem os inconvenientes.
A impaciência, quando não remedeia os nossos males, agrava-os.
É necessário subir muito alto para bem descortinar as ilusões e angústias da ambição, poder e soberania.
O ateísmo é tão raro quanto é vulgar o politeísmo e a idolatria.
As opiniões de um século causam riso ou lástima em outros séculos.
A solidão liberta-nos da sujeição das companhias.
Ordem social é limitação de liberdade; desordem, liberdade ilimitada.
Em qualquer magistratura, é indispensável compensar a grandeza do poder pela brevidade da duração.
Não é raro aborrecermos aquelas mesmas pessoas que mais admiramos.
A virtude é coisa deveras inútil e frívola, caso apenas tenha a recomendá-la a glória.
Afinal de contas, atribui-se preço bem alto às suas conjecturas quando se cozinha um homem vivo por causa delas.
Em certas circunstâncias o silêncio de poucos é culpa ou delito de muitos.
Uns homens sobem por leves como os vapores e gases, outros como os projécteis pela força do engenho e dos talentos.
A ambição individual é uma paixão infantil..