O melhor modo de venerar os santos é imitá-los.
Erasmo de Roterdã
"The "Adages" of Erasmus". London: Cambridge University Press, 1964.
Não há pai nem mãe a quem os seus filhos pareçam feios; nos que o são do entendimento ocorre mais vezes esse engano.
O nosso espírito é essencialmente livre, mas o nosso corpo torna-o frequentes vezes escravo.
A longo prazo uma profissão é como o matrimônio; apenas se sentem os inconvenientes.
O muito torna-se pouco com desejar um pouco mais.
A solidão liberta-nos da sujeição das companhias.
Ninguém é tão prudente em despender o seu dinheiro, como aquele que melhor conhece as dificuldades de o ganhar honradamente.
Os ricos pretendem não se admirar com nada, e reconhecem, à primeira vista, numa obra bela o defeito que os dispensará da admiração, um sentimento vulgar.
O governo é como toda as coisas deste mundo: para o conservarmos temos de o amar.
Não há poder. Há um abuso do poder, nada mais.
Há algo de tão magnífico com um grande homem: um homem de honra.
O interior das famílias é muitas vezes perturbado por desconfianças, ciúmes e antipatias, e enganam-nos as aparências de satisfação, calma e cordialidade, fazendo-nos supor uma paz que não existe; poucas há que ganham em ser aprofundadas.
Os abusos, como os dentes, nunca se arrancam sem dores.
Quando se envelhece, as irritações transformam-se em tristeza.
Em qualquer magistratura, é indispensável compensar a grandeza do poder pela brevidade da duração.
A velhice é um naufrágio.
O desespero é o maior dos nossos erros.
O comércio é a escola do engano.
Os pintores só devem pintar com os pincéis na mão.
Ninguém é mais adulado que os tiranos: o medo faz mais lisonjeiros que o amor.
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