O mal ou bem que fazemos aos outros reverte sobre nós acrescentado.
Há dois poderosos destruidores: o tempo e a adversidade.
A indiferença ou apatia que em muitos é prova de estupidez pode ser em alguns o produto de profunda sapiência.
Os homens de pouca inteligência não sabem encarecer a própria capacidade sem rebaixar a dos outros.
Não há paixão que abale tanto a sinceridade dos juízos como a cólera.
Quem sem descanso apregoa a sua virtude, a si próprio se sugestiona virtuosamente e acaba por ser às vezes virtuoso.
O fim da vida não é a felicidade, mas o aperfeiçoamento.
Quem ama o perigo, nele perece.
A modéstia é para o mérito o que as sombras são para um quadro. Dão-lhe forma e relevo.
É a profunda ignorância que inspira o tom dogmático.
Faço dizer aos outros aquilo que não posso dizer tão bem, quer por debilidade da minha linguagem, quer por fraqueza dos meus sentidos.
Agrada-nos o homem sincero, porque nos poupa o trabalho de o estudarmos para o conhecermos.
Há injúrias que temos de ignorar para não comprometermos a nossa honra.
O amor é um egoísmo a dois.
Uma árvore nua
aponta o céu. Numa ponta
brota um fruto. A lua?
Para o homem, apenas há três acontecimentos: nascer, viver e morrer. Ele não sente o nascer, sofre ao morrer e esquece-se de viver.
O Homem não tem porto, o tempo não tem margem; / ele corre e nós passamos!
São sempre desatinadas as vinganças por ciúmes.
Há algo tocante na associação de dois seres para suportar a vida.