É a profunda ignorância que inspira o tom dogmático.
Todos os homens são bestas; os príncipes são bestas que não estão atreladas.
O Homem não tem porto, o tempo não tem margem; / ele corre e nós passamos!
A fortuna troca às vezes os cálculos da natureza.
Saber viver com os homens é uma arte de tanta dificuldade que muita gente morre sem a ter compreendido.
Não há paixão que abale tanto a sinceridade dos juízos como a cólera.
Para o homem, apenas há três acontecimentos: nascer, viver e morrer. Ele não sente o nascer, sofre ao morrer e esquece-se de viver.
Agrada-nos o homem sincero, porque nos poupa o trabalho de o estudarmos para o conhecermos.
O insignificante presume dar-se importância maldizendo de tudo e de todos.
Há algo tocante na associação de dois seres para suportar a vida.
O nosso bom, ou mau procedimento, é o nosso melhor amigo, ou pior inimigo.
Há injúrias que temos de ignorar para não comprometermos a nossa honra.
Admiramos o mundo através do que amamos.
Quem ama o perigo, nele perece.
A modéstia é para o mérito o que as sombras são para um quadro. Dão-lhe forma e relevo.
Há dois poderosos destruidores: o tempo e a adversidade.
Onde intervêm o favor e as doações abatem-se os obstáculos e desfazem-se as dificuldades.
São sempre desatinadas as vinganças por ciúmes.
A indiferença ou apatia que em muitos é prova de estupidez pode ser em alguns o produto de profunda sapiência.
Não existe vício que não tenha uma falsa semelhança com uma virtude e que disso não tire proveito.