Frase de poesia

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Tudo que eu não invento é falso

Manoel de Barros
Livro sobre nada. Rio de Janeiro: Record, 1996.

Nos amores deste mundo, desde Eva, há sempre um que ama e outro que se deixa amar.

Eça de Queirós
Eça de Queirós entre os seus: cartas íntimas

E melhor é naturalmente cedo do que artificialmente tarde.

Machado de Assis
Dom Casmurro (1899).

Pronominais

Dê-me um cigarro
Diz a gramática
Do professor e do aluno
E do mulato sabido
Mas o bom negro e o bom branco
Da Nação Brasileira
Dizem todos os dias
Deixa disso camarada
Me dá um cigarro.

Oswald de Andrade
ANDRADE, O. Obras completas, Volumes 6-7. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1972.

Porque a vida só se dá pra quem se deu, pra quem amou, pra quem chorou, pra quem sofreu. Ah, quem nunca curtiu uma paixão nunca vai ter nada, Ai de quem não rasga o coração, esse não vai ter perdão. Quem nunca curtiu uma paixão, nunca vai ter nada, não...

Vinicius de Moraes

Nota: Adaptação de trechos de "Como dizia o poeta"

O seu amor, a sua ternura, eram apenas um sonho. Mas valeria a pena aceitar sonhar um amor que queremos viver na realidade?

Apesar de tudo, o amor era menos simples do que ele julgava. Era mais forte do que o tempo. O amor, no fim das contas, era feito de inquietações, de renúncias, de pequenas tristezas que surgiam a todo instante.

Senhor fazei de mim um instrumento de vossa paz.

Não diga as coisas com pressa. Mais vale um silêncio certo que uma palavra errada!

Respiro o vento, e vivo de perfumes
No murmúrio das folhas de mangueira;
Nas noites de luar aqui descanso e a lua enche de amor a minha esteira.

Quando a gente anda sempre em frente, não pode ir muito longe...

As coisas muito claras me noturnam.

Manoel de Barros
BARROS, M. Poesia Completa. São Paulo: Leya, 2011.

Cada um, afinal, projeta no mistério divino as qualidades imanentes à sua própria alma.

É triste esquecer um amigo. Nem todo mundo tem amigo.

Sábio é o homem que chega a ter consciência da sua ignorância.

O mundo não foi feito em alfabeto. Senão que primeiro em água e luz. Depois árvore.

Manoel de Barros
BARROS, M. O livro das ignorãças. Rio de Janeiro: Editora Record, 2000.

Lutar com palavras
é a tuta mais vã.
Entanto lutamos
mal rompe a manhã.
[...]
Palavra,palavra
(digo exasperado),
se me desafias,
aceito o combate.

Sua tarefa não é de prever o futuro, mas sim de o permitir.”

Sou o intervalo entre o meu desejo e aquilo que os desejos dos outros fizeram de mim.

Álvaro de Campos

Nota: Adaptação de trecho do poema "Começo a conhecer-me" de Álvaro de Campos

A resignação é um suicídio cotidiano.