A inveja, que abrevia ou suprime os elogios, é sempre minuciosa e prolixa na sua crítica e censura.
Nem a fortuna nem a grandeza são, por si sós, suficientes para sermos felizes.
A impunidade é segura, quando a cumplicidade é geral.
A constância é o fundo da virtude.
A chave de todas as ciências é inegavelmente o ponto de interrogação.
A beleza é uma letra que se vence à vista, a sabedoria tem o seu vencimento a prazos.
Todo o argumento permite sempre a discussão de duas teses contrárias, inclusive este de que a tese favorável e contrária são igualmente defensáveis.
Enquanto se ameaça, descansa o ameaçado.
O estudo confere ciência, mas a meditação, originalidade.
As paixões perdoam tão pouco quanto as leis humanas, e raciocinam com mais justeza: não se apoiam elas numa consciência que lhes é própria, infalível como o é um instinto?
Os homens são poucas vezes o que parecem; eles trabalham incessantemente por parecer o que não são.
Quando puder ser temido, ainda mais me quero fazer amar.
Os bons conselhos desagradam aos apaixonados como os remédios aos que estão doentes.
Os avarentos não crêem numa vida por vir, para eles o presente é tudo.
A avareza começa onde termina a pobreza.
Não devemos julgar os homens por aquilo que eles ignoram, mas por aquilo que sabem, e pela maneira como o sabem.
Seja no que for, apenas poderemos ser julgados pelos nossos pares.
O invejoso é tirano e verdugo de si próprio: ele sofre porque os outros gozam.
Que o papel fale e que a língua se cale.
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