A liberdade e o amor são incompatíveis. Quem ama é sempre escravo.
A vaidade é um princípio de corrupção.
O silêncio, tal como a modéstia, ajuda muito numa conversação.
Viver é envelhecer, nada mais.
Não é o quanto fazemos, mas quanto amor colocamos naquilo que fazemos. Não é o quanto damos, mas quanto amor colocamos em dar.
As conquistas são fáceis de fazer, porque as fazemos com todas as nossas forças; são difíceis de conservar, porque as defendemos só com uma parte das nossas forças.
Na falta de perdão, abre-te ao esquecimento.
O que nos salva é dar um passo e outro ainda.
A paciência em muitos casos não é mais senão medo, preguiça ou impotência.
O que conduz o mundo é o espírito e não a inteligência.
O homem que teme o sofrimento já está sofrendo pelo que teme.
Michel de Montaigne
The Complete Essays (1993).
Nota: Trecho do ensaio Of experience (Da experiência, em tradução literal).
...Mais Não se pode escrever nada com indiferença.
As ocasiões fazem as revoluções.
O meu maior desgosto é que Deus, na realidade, não exista, privando-me assim do prazer de o insultar mais positivamente.
Pode-se perdoar, mas esquecer, isso, é impossível.
Um monte de pedras deixa de ser um monte de pedras no momento em que um único homem o contempla, nascendo dentro dele a imagem de uma catedral.
A inveja de muitos anuncia o merecimento de alguns.
O tempo é um rato roedor das coisas, que as diminui ou altera no sentido de lhes dar outro aspecto.
Rir de tudo é coisa dos tontos, mas não rir de nada é coisa dos estúpidos.
Dói mais ao nosso amor-próprio sermos desprezados, que aborrecidos.
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