A modéstia doura os talentos, a vaidade os deslustra.
As dívidas são bonitas nos moços de vinte e cinco anos; mais tarde, ninguém lhas perdoa.
Não há ofensa que não perdoamos, depois de nos termos vingado.
A loucura dos que têm êxito é a de se julgarem hábeis.
Antes de atacar um abuso, deve ver-se se é possível arruinar-lhe os alicerces.
A ciência dos projectos consiste em prever as dificuldades de execução.
O silêncio é o melhor salvo-conduto da mais crassa ignorância como da sabedoria mais profunda.
Muito pouco se padece na vida, em comparação do que se goza; aliás, não sendo assim, como se viveria?
Os vícios, como os cancros, têm a qualidade de corrosivos.
A opinião pública é sempre respeitável, não pelo seu racionalismo, mas pela sua omnipotência muscular.
O louvor não merecido embriaga como o vinho.
O louvor que mais prezamos é justamente aquele que menos merecemos.
Quando um pensamento é fraco demais para vestir uma expressão simples, isso é o sinal para rejeitá-lo.
Dói tanto a injúria publicada como a ferida exposta ao ar.
O trabalho involuntário ou forçado é quase sempre mal concebido e pior executado.
Não é a fortuna, mas juízo somente, o que falta a muita gente.
A quem trata com Deus, nada falta.
O erro é a noite dos espíritos e a armadilha da inocência.
A mais bela das raparigas só pode dar aquilo que tem.
A maior parte dos males e misérias dos homens provêm, não da falta de liberdade, mas do seu abuso e demasia.