Frase de Medo

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Sou uma ferida fechada. Sou uma hemorragia estancada. Tenho medo de deixar sair uma letra ou um som e, de repente, desmoronar.

Talvez desilusão seja o medo de não pertencer mais a um sistema. No entanto se deveria dizer assim: ele está muito feliz porque finalmente foi desiludido.

Clarice Lispector
A paixão segundo G. H. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Quantas vezes você deixou de perguntar algo por medo da resposta?

Ei, medo… Eu não te escuto mais. Você não me leva a nada.

Tenho medo de, dia após dia, cada vez mais não estar no que você vê.

“Ela sabia que precisava dele. Mas tinha medo da compulsão. De querer ele sempre e sempre e pra sempre. E amanhã e depois. E de dia, e tarde, de madrugada.”

Mas quem ama com medo, não ama, só quer um lugar pra se segurar.

Eu tenho medo de deixar de ser filha, de deixar de ser amiga, de deixar de ser menina, de deixar de ser estranha, de deixar de ser sozinha, de deixar de ser triste, de deixar de ser cínica. Eu tenho muito medo de deixar de ser.

Sem medo da morte, porque esta quase história pertence àquele tempo em que amor não matava.

De repente sinto medo. Um medo antigo, o mesmo que sentia o menino escondido embaixo da escada, esperando castigos.

E se eu não falei ainda é por medo que você se afaste de mim. Entendeu?

É preciso beijar meu próprio medo, pensei, para que ele se torne meu amigo.

Não tenha medo de ser o que você exatamente é. Se alguém tiver de gostar de você, olhara primeiro seu coração. E se você demonstrar ser o que não é, como alguém iria gostar de alguém que não conheci de coração?

O pior medo que existe é aquele que te impede de querer lutar pelo que você quer!

A gradual escuridão me amedronta um pouco, bicho que sou e que toma cautela. Escuridão? medo e espanto. O dia morrendo em noite é um grande mistério da Natureza. (...)
Em mim ela brota de meu âmago qual semente que rompe a terra.

Clarice Lispector
Todas as crônicas. Rio de Janeiro: Rocco, 2018.

Nota: Trechos da crônica Conversa descontraída: 1972.

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Eu sempre preferi o menos ao mais por medo também do ridículo: é que há também o dilaceramento do pudor.

Clarice Lispector
A paixão segundo G. H. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Meu medo não era o de quem estivesse indo para a loucura, e sim para uma verdade.

Clarice Lispector
A paixão segundo G. H. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

E vou dizendo lento, como quem tem medo de quebrar a rija perfeição das coisas, e vou dizendo leve, então, no teu ouvido duro, na tua alma fria, e vou dizendo leve, e vou dizendo longo sem pausa - gosto muito de você.

Diria qualquer coisa como olha, tenho medo do normal, baby.

“Não seja aquele tipo de pessoa que busca, acha, e depois sai correndo com medo.”

Inserida por andys2