Frase de Espera

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Bem, todos morrem um dia, é simples matemática. Nada de novo. A espera é que é um problema.

O chão é cama

O chão é cama para o amor urgente,
amor que não espera ir para a cama.
Sobre o tapete ou duro piso, a gente
compõe de corpo e corpo a úmida trama.

E para repousar do amor, vamos à cama.

Carlos Drummond de Andrade
ANDRADE, C. D. O Amor Natural. São Paulo: Companhia das Letras, 2013.

O homem fraco teme a morte, o desgraçado chama-a; o valente procura-a. Só o sensato a espera.

Mulher

Mulher lua
A outra face, a face nua
Mulher terra
O que é mistério, o que se espera
Mulher natureza
O que é firme, o que é beleza
Mulher força
A gravidade, a correnteza
Mulher água
O nascimento, a incerteza
Mulher vida
Por toda parte, a tua semente.
Mulher gente.

Tá reclamando do meu orgulho e do meu ciúme? Espera pra ver a minha indiferença.

Amar não acaba. É como se o mundo estivesse à minha espera. E eu vou ao encontro do que me espera.

Clarice Lispector
A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

Nota: Trecho da crônica As três experiências.

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A espera eterna de mim mesma na versão que faz dar certo.

Então, de repente, vem aquela pessoa… quando você menos espera, e te deixa sorrindo à toa…

Minha vida toda espera algo de mim.

O amor é paciente
é bondoso
o amor não arde em ciúmes
o amor tudo sofre
tudo crê
tudo espera
tudo suporta
o amor nunca acaba.

Paulo de Tarso
Bíblia, Coríntios, 13

Seja um padrão de qualidade. As pessoas não estão acostumadas a um ambiente onde o melhor é o esperado.

Sofre mais o que espera sempre que aquele que nunca esperou ninguém?

Pablo Neruda
Livro das perguntas

Mas a gente espera, lá no fundo, perdido, soterrado e cansado, que a vida compense de alguma maneira.

Espera do teu filho o mesmo que fizeste a teu pai.

Eu vivo à espera de inspiração com uma avidez que não dá descanso. (...) Cheguei mesmo à conclusão de que escrever é a coisa que mais desejo no mundo, mesmo mais que amor.

Clarice Lispector
Minhas queridas. Rio de Janeiro: Rocco, 2007.

Nota: Trecho de carta para Tania Kaufmann, escrita em janeiro de 1942.

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A vida é a espera da morte. Faça da vida um bom passaporte.

O ouvido é feminino, vazio que espera e acolhe, que permite ser penetrado. A fala é masculina, algo que cresce e penetra nos vazios da alma.

Que comece agora. E que seja permanente essa vontade de ir além daquilo que me espera.

Acredite no amor. Se você o ama, você espera. O amor é paciente.

Vai ou fica? Arrisca ou espera? Aceita ou recusa? Que o destino, de vez em quando, decida por nós. A gente merece uma trégua.