ASSIM, ASSADO Talvez não sendo eu E nem... Naeno Rocha
ASSIM, ASSADO
Talvez não sendo eu
E nem sendo tu
O ser demasiado, eu
Em suas juras, tu
Por acaso em mim.
Eu e por oportunista, tu
Escolhemos nossos lugares
Próprios. Os mesmos
No mundo onde corremos
Das nossas esperanças rejeitadas.
Tu com mais chances que eu
Eu menos audaz, por tu.
A gente podia falar no mundo
E ele se sacudisse para esperar
A seqüência de placas
Mostrando-nos meus erros, tu
E a ti encaminhando, eu
Além, onde se sabe,
O melhor estar.
Talvez em tu arranjado
E acomodado, eu
Ainda busque as flores
E dê também os espinhos, tu
Fica a minha face
Assim, triste, assim de dar pena
Porque o choro, se não é por não querer,
De alegria, o choro de águas
Mais densas e mais salgadas
Dão sinais de cheias
De motivos e confortos
Para que eu continue assim
Ainda na retífica de espírito
Da funilaria do couro
Do desembaraço dos cabelos
Enquanto dure minha maquiagem.