Pensei estar perto, mas na verdade... Twoany R

Pensei estar perto, mas na verdade estava muito longe. Foi quando vi dois metros se transformarem em duas milhas, e quanto mais perto estávamos mais longe parecíamos estar, e mais fria e gélida nossas almas ficavam. Nossas bocas não mais proferiam palavras bonitas e carinhosas; não mais existia “eu te amo” em nossos dicionários e o “estou com saudades” continha um significado diferente do real. Era dito da boca para fora, como se precisássemos agradar um ao outro com palavras. Coitados de nós… Tão bobos e tolos, mal sabíamos que as palavras não têm valor nenhum se comparadas às atitudes. Mas tenho que admitir: agora eu sinto sua falta; e embora minhas atitudes se contradizem com as minhas palavras, elas não se contradizem com os meus sentimentos. Sinto mais do que deveria e esperava sentir. Meu orgulho não consegue mais encobrir a sua falta em mim.
É impressionante o poder que tens. Mesmo estando distante suas forças conseguem superar as minhas; mesmo não querendo você modificava meu dia inteiro… Mesmo não sabendo o teu “olá” torna-se o sol do meu dia escuro e sombrio.
Mas o que posso fazer se tudo o que vem de ti é totalmente contraditório; se você é inverno e primavera ao mesmo tempo, se é dia e noite, se é amarga e doce… O que fazer com nossas vidas que deram um giro de cento e oitenta graus?
Continuar onde estou não me parece uma péssima escolha, na verdade é a melhor delas. Porque às vezes você parece como uma rosa, linda e com um perfume encantador, mas eu sei que de uma rosa só lhe sobraram os espinhos e quem sabe uma pétala oca e murcha; sem vida… Tu não és mais primavera, não preservaste suas pétalas. Tu és inverno, frio e maçante, e eu preciso do verão. Preciso de um “olá” quente aquecendo meu coração, e se o seu “olá” não quiser mais ser meu sol, eu não me importarei. Procurarei outros “oláres” em outros bares, ou quem sabe, em outros bosques… Porque você sabe: eu preciso de outra rosa, pois a sua já perdeu as pétalas.