Não consigo mais disfarçar, os meus... Breno Massena

Não consigo mais disfarçar, os meus sonhos já desmascaram os meus medos. Hesitava ao amor, pensando que ele fosse cíclico. Nascer, viver e morrer, assim como havia constatado por experiência - leia-se inexperiência - própria. Por sorte, por acaso ou por mim, vejo que me enganei. Relutava à aceitar a ideia da felicidade como algo plural, pois a singularidade sempre acenava-me com boas novas. Hoje percebo que cíclicos são as minhas ideias, conceitos e métodos. Orgulho-me dos meus erros, mesmo que não os cometa outra vez. Arrependo-me de alguns acertos, mesmo que os queira vivencia-los outra vez, algum dia. Crescer independe de escolha, pois são essas escolhas, caminhos reproduzidos pela sua felicidade. Uns vão a pé, outros de formula 1. Mas veja bem, todas essas palavras para afirmar que eu não fiz nada, o destino tão pouco, meus sonhos vieram depois e minhas ideias não modificaram-se por força divina. Quem fez tudo, certamente sem pensar no tamanho das mudanças, foi você. Percebo que nós não aceitamos o sentimento, ele que nos aceitou. Não escolhi me apaixonar, não preferi tornar-me plural. Acredito em você, acredito em nós. Em mim não acredito, já que percebo que longe de você e ausente de nós, me torno pouquíssima coisa. Pois bem, e por você, o destino me estendeu a mão e "ái" de mim caso não a segure. Você vem comigo?