(...) andavam silenciosamente, mãos... Bia Caires
(...) andavam silenciosamente, mãos entrelaçadas, respiração ofegante. A alma dela abria a porta do paraíso. Eis que a moça parou. O puxou para perto, tocou seus lábios, delicadamente, com a ponta dos dedos. E riu daquilo tudo. Sua feição de interesse pelo que se passava dentro dele era inexistente. Mas ele a observava, sem ter reações. Não mexia os lábios, não palpitava, não demonstrava nada. Era frio, gelado. Só a olhava profundamente, sem cuidado, insistindo-a em desistir. Entretanto, ele tinha um pedaço do céu nos olhos, mas aquele céu não a pertencia mais, as flores do céu já não cintilavam em sua presença e ela não percebia. Era cega, coitada. Cega de amor. Como pôde pobre garota, se entregar assim? Desfaça tudo, desvaneia tua alma, segue teu caminho, solte a mão dele, e vai indo. Vá, e não olhe pra trás, tu não perdeste nada aqui