E lá está ela, debruçada na janela de... Thaynara Brandão
E lá está ela, debruçada na janela de seu quarto, com rosto encostado sobre uma das mãos e com a outra… bem, a outra apertando o braço, coberto por um pano vermelho, bem, agora vermelho. Só se ouve suspiros acompanhados de soluços. Rastros de sangue no chão. Rios de lágrimas jorravam sem parar sobre sua face. Ela não aguentava mais aqueles dias clichês, tristes, aquela rotina monótona, todo aquele sofrimento. Ela criou uma fortaleza, pois acredita que nela poderia se proteger, ela se fechou do mundo, pois não acreditava mais nas pessoas, ela era infeliz. Ela sorria, mas seus olhos gritavam pedindo socorro, mas ninguém percebia. A menina que parecia alegre de dia chorava a noite, a menina que parecia forte por fora, era frágil por dentro, a menina que fingia não sentir, sentia.