Minhas noites. Tenho aprendido com... Ronildo Gentil Pereira -...
Minhas noites.
Tenho aprendido com minhas noites de insônia.
Percebi, que por mais que eu me esforce, não conseguirei mudar o passado, então, o ideal é aceitá-lo.
Que ainda que eu tente programar meu futuro, continuarei sempre pensando em outro futuro quando o futuro chegar e isso não terá fim.
Aprendi que perco muito tempo apenas pensando sem agir, e isso me faz mal.
Concluí, que por mais que eu me esforce para agradar a todos, serei sempre o homem perfeito para àqueles que não me conhecem.
Constatei, que quando me arrependo de algo, é sinal de que meu passado ainda me influencia.
Analisei, que o presente eu posso mudá-lo. Decidindo chorar ou sorrir, lamentar ou agradecer, avançar ou desistir nas 24 horas do meu dia.
Verifiquei que eu tenho que amar os que não me amam, perdoar os que me maldizem, chorar com os que choram, ser amigo dos meus inimigos e nascer de novo para ter todos esses atributos.
Escolhi acordar mais cedo para ver o Sol nascer e, depois, sair correndo do trabalho para poder vê-lo se pôr, pois, quem sabe assim, outras pessoas também fariam o mesmo e teríamos o mundo romântico sonhado pelos poetas.
Acabei por esquecer as cicatrizes da minha vida; usei amor, entendimento e conformismo como remédio, assim, consegui ver que tudo não passou de um teste e de lições as quais jamais errarei na próxima prova.
Acolhi minha insônia como companheira e professora, até por que, ela me fez ver as melhores coisas que a vida pôde me dar, assim sendo, usei as noites em claro para endireitar meus pensamentos, para escrever cartas de amor para a mulher que amo, para agradecer a linda família que tenho, para rejubilar por mais um dia que o Nosso pai do céu me deu e me protegeu.
Reconheci que todas as nossas ações é uma caneta e que a vida não nos dá borracha para apagar as consequências e as marcas.