Aquilino Águia Voadora Admiro sua... Paulette Virgínio
Aquilino
Águia Voadora
Admiro sua resistência nas tempestades
Suas garras espantam os abutres
E sua luta pela sobrevivência é espantosa
Sua meta será atingida
Sua vitória é imprescindível
Penso que os raios não surtirão efeito no seu corpo
Sabe o que mais me surpreende?
Sua imunidade aos vírus emocionais
E seu habitat estava repleto deles
Recalques, chantagens, frustrações
O rondavam por todos os lados
Arremessados em sua cabeça em linha de tiro
E aí eu o via altivo, bater asas e voar.
Quando o conheci, voos rasantes eram comuns
A perfeição do voo estava quase atingida
E imagino as derrapagens, o medo
Que você dizia ter sentido no início
Mas que não acreditei.
Sua escalada ascendente me fascina
Poço misterioso fervilha em sua alma
As alturas serão sua morada
O alado, seu companheiro
Debaixo de suas asas
Percorri dimensões altíssimas
Rompi a barreira do tempo, da velocidade
Vislumbrei espaços de luz e de fogo
Você me guiou por veredas infinitas.
Devolvi à terra
Nunca mais o chão me atraiu
Ficou em mim restos de ar
Imperceptíveis
Não tenho asas
E daqui contemplo seus voos
Suas brigas
O espaço infinito é seu
A vida lhe foi dada
Para galgar alturas
Valeu a pena tê-lo conhecido
Ó Filho da Liberdade!