[...] Aquele momento em que sentia-se... Bia Caires
[...] Aquele momento em que sentia-se livre, andando com a tristeza vaga. Iluminada pelos raios de sol, guiava-se pelo caminho dos pobres apaixonados. Fazia uma reciprocidade de tudo que a levava para os mais sutis sentimentos. Apenas autônoma. Seguindo seu próprio caminho, construindo suas veredas. Atraiu-se novamente pelo mais belo sorriso evidente nos lábios de um caro senhor sentado no banco da praça, esperando um distraído aceno, um leve piscar de olhos, ou quem sabe um toque nos lábios, um afago nos cabelos. [...] E pediu-lhe então, companhia até sua casa na segunda esquina à direita, e ele a levou com as mãos delicadamente entrelaçadas. Perdendo-se no barulho do silêncio, pensando em como não se sentir vazio ao guardar aqueles segredos. Segredos que desde sempre a ela pertenceu.