Fiz um olhar clínico da minha... Sean
Fiz um olhar clínico da minha situação, busquei detalhes, busquei respostas, e não consegui descrever tudo o que eu realmente ando sentindo.
Sabe aquele momento que você sente uma estranha vontade de simplesmente “jogar tudo pro ar’’ sair de casa sem levar uma peça de roupa, gritar um foda-se no portão de casa e sair correndo pro horizonte, sem nenhum destino? Sabe aquele momento que bate um terrível desanimo, e acabamos aceitando com muito sofrimento no começo, e convivendo com isso normalmente com o passar dos dias? Sabe aquele sentimento, de estar acomodado com a situação ruim? Pois é.
A dor e a solidão acabam tornando-se amigas com o passar do tempo, o que antes incomodava acaba virando habitual, essa rotina que julgamos estar certa, nos despedaça com o passar dos dias, nos desgasta e nos mata aos poucos sem que possamos perceber, afinal… Estamos habituados com que era pra ser o errado, e o passageiro acaba virando um destino que a gente escolhe seguir, a partir do momento que aceitamos que estar sozinho é melhor.
Na nossa vida escolhemos o que queremos ser, escolhemos a religião que colocaremos nossa fé, escolhemos o que vestir, escolhemos os nossos estilos, mas infelizmente não escolhemos os nossos sentimentos por alguém que consegue mudar nosso dia, pelo simples fato de existir.
Sabe aquele nó na garganta? Aquela coisa estranha que faz você desabar por dentro enquanto você respira mais devagar? Com os olhos regados de lágrimas? querendo parecer forte diante de uma situação que te destrói a cada pensamento? É isso que eu estou sentindo a cada parágrafo.
Escrevi até aqui, mas agora sou pouco menos eu do que eu era no parágrafo anterior, a cada linha escrita sinto como se morresse dentro de mim, um pedaço meu que pertence a alguém que pra mim infelizmente não é opção. É foda querer uma camisa, querer um celular, querer algo e não poder ter, mas é quase insuportável não ter a pessoa amada ao lado.
Parece que algo dentro de mim pediu um tempo pra mim mesmo, um tempo pra refletir, quando você consegue expressar as coisas que tanto te incomodam, quando você se liberta e analisa sua mente percebe que escrever um texto é a parte mais fácil, difícil é agüentar a dor e transmitir tudo pro papel, a nostalgia e a melancolia ao ver suas lágrimas caindo em cima das suas frases.
E mesmo depois disso eu me pergunto, será que longe de tudo regando minha solidão sem lutar por algo que eu realmente quero, é melhor? Errado, me isolar de tudo não mudará um destino, só estarei assinando em baixo que sou incapaz de lutar por um objetivo.
Meu objetivo hoje não é lembrar-me do passado, não é ter alguém pra simplesmente conversar e muito menos dinheiro, é muito maior que isso, é a minha felicidade, que está em algum lugar de mim, que só perto da pessoa que tanto desejo se manifesta.
Não acreditava que poderia me apegar tão rápido a alguém, não acreditava que poderia existir amor por alguém que não posso tocar… Alguém que não posso sentir a respiração perto da minha, alguém que não posso olhar no fundo dos olhos e dizer tudo sem pronunciar se quer uma palavra.
Mas o que fazer? Sou humano, errôneo e infelizmente acabo prejudicando alguém pelo fato de não conseguir desapegar-me e procurar um caminho paralelo. Esquecer não é opção quando o destino já escreveu o que acontece depois.
E isso tudo é só o começo desse amontoado de coisas que estão reprimindo meus pensamentos, não me deixando pensar em mais nada que não seja essa minha vontade estúpida de querer fugir do que eu tanto busco.
ps: Provavelmente ninguém lerá até aqui, mas foda-se eu escrevo pra mim, e precisava desabafar um pouco comigo mesmo, aprender que ás vezes procurar é muito mais fácil do que esconder.