FERMENTO Redemoinha o vento, que ternura... Naeno Rocha
FERMENTO
Redemoinha o vento, que ternura
Se juntam sobre nós os seus comandos
Molhar os brotos que chegam frutos
Chover não molha por todo o ano.
Do que nós precisamos a casa cheia
O amo me faz perguntas sem respostas
E a dor é isso que se aperreia
O emplastro doce nas minhas costas.
Será do tempo esta eternidade
E do mundo será o sentimento
Amor não espalha é só a verdade
Que bota gosto, um condimento.
E quando eu for daqui é para aí
E quando em minha volta eu vou trazer
Só frutas doces que dão aí
Porque é de tudo ver e querer.