O dinheiro pode fazer muito, mesmo que... Gil Nunes

O dinheiro pode fazer muito, mesmo que seja por meio de suaves prestações quando se trata da tão requisitada cirurgia plástica, seja por necessidade, seja por curiosidade ou pelo excesso de vício.

Com todas as ocorrências e históricos, algumas pessoas conseguem ter um excelente resultado, mas infelizmente, outras não alcançam o vislumbre tão procurado.

Os casos vão desde um simples erro imperceptível pela própria pessoa, até um trauma complexo e tão perturbador que deixa a pessoa que teve que passar pela tal cirurgia, totalmente desiludida com a própria vida.

Além das infindas demandas envolvendo responsabilidade civil profissional em face dos médicos que se recusam a aceitarem que o ideal requerido por suas clientes-pacientes não tenham sido atingidos.

Resolvi trazer este assunto com o intuito de juntos buscarmos uma maior conscientização, principalmente devido ao risco e ao vício de se utilizarem da maneira mais “fácil” e prática para se tentar chegar numa beleza que muitas vezes existe muito mais na cabeça de quem quer a todo custo passar pelo bisturi.

É óbvio que, pessoas que sofrem de acidentes de veículos entre outros, não têm muita opção, passar por uma cirurgia plástica é um mínimo absoluto necessário.

Conheço algumas pessoas que fizeram várias cirurgias plásticas, principalmente na região do rosto, mas não se preocuparam com o exercício dos neurônios, e por isso, acabaram entendendo que não precisam fazer nada, nem mesmo pensar, elas estão colocando a aparência física como se fosse a resposta para tudo em suas vidas, e, basta alguns minutos de conversa com algumas delas para notarmos que algo ou alguma coisa parou no tempo, ou seja, não houve desenvoltura intelectual.

Existe também, outro agravante que é o do vício de se buscar uma “perfeição” que todos sabem que jamais se concretizará., mas, mesmo assim, as cirurgias não param., haja vista, as Clínicas de Estéticas sempre lotadas.

Outra situação prejudicial que percebo, é a dos retoques que quanto mais se mexe, pior fica., é por isso que se deve impor cautela redobrada para não se enganar pensando que aquilo que está feio ficou bonito., ou de cair na nítida realidade de que realmente ficou feio e tornou-se por demais inconveniente conviver com aquele erro médico.

Quanto ao risco, acredito que a vida é o bem mais valioso para todos os seres., presenciamos com certa dor, pessoas perdendo suas vidas por causa da incompatibilidade do seu corpo com os remédios que devem ser utilizados ou devido aos procedimentos cirúrgicos errôneos exercidos pelos profissionais que não se enquadram nas exigências dos Conselhos de Cirurgias Plásticas em todo o mundo.

Certa vez, alguém me falou que, beleza não é só aquela que é exterior, mas a que existe permanentemente dentro de cada um de nós. Ela é que é fundamental., e agora, comparo uma coisa e outra, e concordo plenamente., sim., é verdade., a beleza interior vale mais., no fim, ela é a que acabará importando., pois as cirurgias plásticas chegarão num dado momento em que não conseguirão mais maquilar o rosto e o corpo das pessoas.