Que perdure o verdadeiro amor,... Carlos Júnior
Que perdure o verdadeiro amor, sentimento mais encantador dentre os demais, porém o que mais sufoca e faz-nos mau. Diferente do antigo ditado no qual diz que tal sentimento nos cega, o amor apenas enxerga o ser amado com outros olhos, metaforicamente falando, claro, mas ao mesmo tempo, te faz ver somente aquela pessoa, pensar somente nela, como se não existissem outras. O amor é orgulhoso, é egoísta e quer tudo pra si. Como numa viagem sem rumo, tal sentimento pode te levar a qualquer lugar, sem norteamento, vai do céu ao inferno, te faz rir e chorar em muito pouco tempo. Gestos que podem ser julgados simples, para outro alguém, como um abraço, um carinho, acelera descontroladamente o coração, como uma injeção de adrenalina, te faz acordar, te aquece da cabeça aos pés. Chega-se a imaginar que o amor faz-nos necessitar do outro ser pra sobreviver, pra respirar, ser feliz. Mas uma necessidade é certa, tê-la sempre por perto, nem que seja ao menos para olhá-la e deslumbrar-se com tamanha beleza. Há quem diga que o amor é um devaneio, simplesmente, uma loucura. No principio de uma relação a dois, pode-se ver perfeição no ser amado, e brilho constante em nossos olhos. Mas o amor também machuca, inúmeras vezes fere e, friamente, deixa cicatrizes que, na maioria dos casos, é curada com o tempo. E haverá sempre algum coração partido, e outro se reconstruindo. Haverá sempre alguém se recolhendo, e outro alguém se entregando. Haverá sempre um coração buscando por outro, pra correr todos os riscos outra vez, pra viver, chorar e sorrir outra vez.