Acaso, creio que não há resposta mais... Bru P.
Acaso, creio que não há resposta mais sútil para responder o que há de mágico em nós. Fiz uma aposta com o destino, se eu não apaixonasse-me eu seria dona do meu caminho, trilharia, e escreveria o meu próprio caminho, minha própria história, com tudo se o destino vencesse eu estaria presa ao amor para toda minha vida a diante. Dito e feito, fui fisgada pelo amor, o destino venceu, logo eu que dizia-me impermeável a sentimentos. Em uma das esquinas da vida esbarrei-me em ti, aquele olhos brilhantes traziam a luz da tua alma, teu cabelo penteado com gel que mais parecia que tua mãe havia penteado lhe, sorriso torto e boca ressecada e rosada, pele morena clara como café com leite. Você com aquela voz engraçada, rouca e um pouco grossa que se tonara música aos meus ouvidos, músicas doces, mas também havia o Rock n’ Roll de teus gritos desconfortantes, se nem nossos nomes combinavam-se imaginara nosso eu em si, quão diferentes, bem que já me disseram que os opostos se atraem, creio que não há melhor explicação para o nosso caso, acaso, romance, amor. Creio que estou apostando todas minhas expectativas em ti, talvez esse seja meu maior erro, mas a adrenalina é algo que sempre me interessou muito. Hoje foi o dia, o dia do qual nunca sonhei, nunca esperei, o dia do qual eu acreditei não existir para mim, se me permitem irei vos contar, mas tenha calma, e não se enjoe ou sinta repulsa se ficar meloso demais, afinal o amor é tão doce, na verdade um chocolate-amargo. Um dia normal, eu estava o esperando como sempre, o relógio marcara dezessete da noite e alguns minutos, eu estava usando meu vestido azul que batia nos joelhos, posso dizer que estava apresentável e queria chamar a atenção de meu amado afinal azul era a cor favorita dele, dizia ele lembrar o céu, o céu o tranquilizava e acredito-me que nada mais queria ser que um céu de serenidade em tua vida, pude vê-lo chegar pela janela, ele estava com um ar de insegurança, mas um sorriso incomum como aquele do dia em que nos conhecemos, como no dia em que perdi a aposta para o destino, dádiva poder observar aquele sorriso vindo até mim, ele trazia flores, as tais rosas vermelhas das quais são minhas preferidas, ele estava desajeitado, e o cabelo com gel estava despenteado como se houvesse passado por um furacão, e confesso que gostei daquilo, o charme dele era inevitavelmente encantador. Pude perceber que ele demorou um pouco para pater na porta, não havia campainha afinal aquele barulho e irritava, o barulho ao bater na madeira era mais agradável, mas ele finalmente bateu calmamente, não foi necessário bater mais de três vezes corri em direção à porta e nem me lembrei de me olhar no espelho, estava ansiosa para saber o que me aguardava, segurar aquele buquê e pular nos braços do meu amor, contar lhe que preparei o jantar e a lavaríamos a louça juntos, afinal nada mais que justo, então abri a porta, os olhos dele brilhavam cada vez mais, tuas mãos estavam tremulas, ele respirou fundo, me fitou com os olhos e fatalmente em troca recebeu um sorriso meu, sorriso singelo nada escancarado para que ele não percebesse o quão estava contente, mas não pude conter e sem perceber estava com um sorriso imenso em meu rosto, ele baixou a cabeça, tirou uma aliança do bolso, não havia brilhantes era apenas uma aliança comum, ele se ajoelhou e disse “Aceita se casar comigo?”, tua voz não soou como sinos de igreja ao meu ouvido como sempre diziam-me que seria, sinceramente apenas ouvi uma melodia calma e bela, apenas estiquei minha mão direita e sorri, creio que não precisou de mais nada para que ele soubesse que minha vida estaria totalmente entregue a ele para a nossa eternidade.