Uma história para ler (…) Oi amor,... Annely Oliveira
Uma história para ler (…)
Oi amor, como você vai? Sinto a sua falta. Você não sabe o quanto. Desculpa por te afastar assim de mim, e por te ignorar às vezes. Mais foi preciso, você sabe disso. Eu te amo ainda, sabia? Engraçado é como eu não me cansei disso. Quer dizer, já cansei inúmeras vezes, mas nenhuma foi grande o bastante pra me fazer desistir. Só precisei me afastar um pouco, pra você achar tão pouco e se afastar muito. E, eu lembro que você sempre me disse que não era de correr atrás de ninguém, e eu sou prova viva de que isso é verdade. Portanto, já perdi as esperanças de receber ao menos uma mensagem sua em meu celular dizendo o quanto sente a minha falta, como quando você sentia saudades minhas, e me mandava. Apaguei o teu número da minha agenda telefônica. Precisei arrumar um meio de aliviar o desejo de te enviar mensagens. Tudo bem, eu sei ele decorado. Lembra que às vezes eu confundia ele com o meu, pela coincidência dos quatro primeiros dígitos do seu numero serem iguais aos do meu? Eu até já cheguei a dizer ele quando fui colocar créditos pra mim. Sinto tanta saudade do teu cheiro, tanta. E do abraço, nem se fala. Você sempre soube que eu te deixava errar o beijo na bochecha, e mesmo assim nunca errava. Lembra de quando vimos o sol nascer conversando no telefone? Ficamos das 23:00 até as 5:30 da manhã no celular, e me recordo que você tinha um churrasco as 11 no outro dia e não foi por minha causa. Lembra de quando éramos tudo, e viramos nada? Eu me lembro de tudo. Lembro até que eu fui a primeira menina a te fazer chorar, e que a gente gostava da mesma música. Eu a escutava em sertanejo, você em forró. Eu adorava te chamar de gatinho, e você sempre me ignorava e pedia para me dirigir a você pelo seu nome. Talvez você não saiba, mas uma vez nos olhamos por 10 segundos seguidos e eu quase chorei. Pensei que tinha deixado transparecer o amor, e na hora, também pensei que você sentia o mesmo. Me enganei. Recebi a notícia de que você iria se mudar da cidade, e como você estava sem telefone, iríamos perder o contato por alguns dias. Pensei em você por 25 horas, todos os dias. Realmente perdemos o contato por algumas semanas, mas logo depois você me ligou. Eu não podia atender, e você me mandou uma mensagem “Nem me atende.” Te retornei as pressas. Você estava frio demais, não sei se foi pela perda repentina de contato, mais te senti muito distante de mim. Comecei a pensar que tava na hora de te esquecer, e arrumei um namorado. Te contei sobre o namoro e você ficou bravo. Nós brigamos. 3 meses se passaram e o meu amor por ti só fazia crescer cada vez mais. Acabei o namoro e 8 meses depois resolvi te contar sobre o meu amor por ti. Você chorou. Marcamos de nos encontrar. Você me prometeu um mundo, ao qual nunca habitei. Me iludi com suas palavras. E você conheceu outra, e parou de falar comigo. Fui tratada como segunda opção consecutivas vezes, e mesmo assim, não me importava. Logo depois você começou a namorar. Eu nunca te disse, mais eu chorei a madrugada inteira quando completamos 1 ano que nos conhecemos. Quase desmaiei uma porção de vezes quando soube do seu namoro, porque eu tava muito fraca, e não tava me alimentando direito. Pouco tempo se passou, e eu conheci um menino de outra cidade, que assim como você, me iludiu. Você acabou o namoro, e continuou sua vidinha pacata de pegador, ficando com quem quizesse sem se importar com nada. Talvez, meu erro foi ter esperado receber na mesma intensidade todo o amor que eu te dei. Hoje você tá ai, e eu tou aqui. Tão perto, e tão distantes ao mesmo tempo. Sabe, eu nunca fui o suficiente pra você, e escrevi tudo isso aqui na certeza de que por ti, nunca será lido. (Baseado em fatos reais)