Insigne A rosa se encheu de vontade e de... Luciana Mara Ribeiro
Insigne
A rosa se encheu de vontade e de beleza
E foi encontrar o olhar do meu amado
Fez-se flor de primor de pecado
Firmando-se no encanto que lhe dera a natureza.
Diante do olhar fecundo, verde de veludo,
A própria rosa se sentiu pequena
Sem ciúmes, confesso tive pena
Da pequena rosa a enfrentar o tudo.
Humildemente ela voltou a terra,
Como um lutador vencido em guerra
Foi esconder-se nas encostas.
A figura do meu bem, porém, surgia
Contemplando outra rosa que se abria
Feito luz num jardim de flores mortas.